Ibovespa cai com cautela global e investidores atentos à Selic

Ibovespa fecha em queda com mercado aguardando o Copom

Nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, o mercado financeiro brasileiro encerrou o pregão com viés negativo, refletindo a cautela dos investidores diante das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O cenário internacional, a expectativa pela definição da nova taxa Selic e os resultados corporativos impactaram o desempenho dos ativos ao longo do dia.

Ibovespa fecha em queda com volume moderado

O Ibovespa, principal índice da B3, terminou o dia com leve recuo de 0,09%, aos 133.397 pontos, em um pregão marcado por baixa volatilidade e volume financeiro de aproximadamente R$ 19,7 bilhões. Com esse desempenho, o índice acumula queda de 1,28% na semana e 1,24% no mês de maio, mas ainda registra valorização superior a 10% no acumulado do ano.

Dólar sobe com aversão ao risco

O dólar comercial teve alta de 0,62%, encerrando cotado a R$ 5,7458, refletindo o aumento da aversão ao risco no cenário externo. A valorização da moeda norte-americana está ligada às incertezas quanto ao rumo da política monetária global, especialmente após os comunicados do Federal Reserve.

Expectativa pela decisão do Copom movimenta o mercado

O foco do mercado nesta quarta-feira esteve na aguardada decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada após o fechamento dos mercados. A expectativa majoritária entre analistas é de um aumento de 0,50 ponto percentual na Selic, levando a taxa básica de juros para 14,75% ao ano. A decisão terá impacto direto sobre o custo do crédito, os investimentos e a inflação.

Federal Reserve mantém juros e sinaliza cautela

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros inalteradas no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, como previsto pelo mercado. Em comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou um tom mais cauteloso, sinalizando que a autoridade monetária seguirá monitorando a economia antes de definir novas direções para os juros.

Destaques corporativos do dia

O pregão também foi marcado por reações intensas a balanços financeiros do primeiro trimestre de 2025:

  • RD Saúde (RADL3): As ações da rede de drogarias caíram 14,76%, fechando a R$ 16,58, após a companhia divulgar lucro líquido ajustado com queda de 17% e retração na margem Ebitda.
  • Vamos (VAMO3): Os papéis da companhia de locação de caminhões recuaram 7,05%, influenciados por um lucro líquido 45,6% menor em comparação ao mesmo período de 2024.
  • Eneva (ENEV3): Contrariando a tendência negativa, a ação avançou 4,15%, impulsionada por rumores sobre inclusão em índices internacionais da MSCI e pela expectativa de divulgação de resultados positivos na próxima semana.

Bolsas americanas encerram em alta

Enquanto isso, os principais índices de Wall Street fecharam no positivo, refletindo alívio com a manutenção dos juros pelo Fed:

  • Dow Jones: +0,70%
  • S&P 500: +0,43%
  • Nasdaq: +0,27%

O ambiente externo permanece desafiador, com os investidores atentos às próximas rodadas de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que podem influenciar diretamente os mercados emergentes, incluindo o Brasil.


Conclusão:
O dia foi de espera e cautela nos mercados, com investidores focados em decisões que definirão os próximos rumos da política monetária no Brasil e no exterior. A divulgação da taxa Selic será crucial para ditar o comportamento dos ativos nos próximos pregões.

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