Com a combinação de calor e chuva, aumento de casos de dengue preocupa autoridades em Santa Catarina

A previsão de calor acima da média nos meses de novembro, dezembro e janeiro reacende o alerta para a transmissão de dengue em Santa Catarina. Segundo João Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), o período mais quente e chuvoso favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que já infesta 175 municípios catarinenses. Em 2024, o estado registra os piores números da história da dengue, com mais de 353 mil casos prováveis e 341 mortes. Em nível nacional, o cenário é ainda mais alarmante, com mais de 6,5 milhões de diagnósticos positivos e mais de 5.500 mortes.

Diogo Demarchi Silva, secretário de Estado da Saúde, expressa sua preocupação com a situação. “Estamos muito preocupados. A tendência é que a curva de dengue se acelere entre o final de outubro e o início de novembro. A epidemiologia prevê um aumento não só agora, mas também para o próximo ano, como aconteceu em anos anteriores”, destaca. Para enfrentar essa situação, a Secretaria de Estado, em parceria com os municípios, está planejando ações para atendimento à população e promovendo campanhas de prevenção.

“Quando tivermos os casos, estaremos, se Deus quiser, com a rede de saúde organizada para amenizar o tempo de espera e o atendimento, que deve sobrecarregar a nossa rede quando o pico de casos ocorrer”, complementa Silva. De acordo com dados da Dive, o estado contabiliza cerca de 55 mil focos do mosquito Aedes aegypti identificados neste ano.

O secretário de Estado da Saúde faz um apelo à população: “80% dos focos estão dentro das residências. Tire 10 minutos por semana para verificar a água parada, lixo ou cantos no quintal. Até uma tampinha de garrafa pode servir como criadouro do mosquito. A população já ajuda, mas precisamos de mais colaboração.”

João Fuck, por sua vez, ressalta  a importância de reconhecer os sintomas da dengue: “Na presença de sintomas como febre, dores de cabeça e dores no corpo, é fundamental buscar um serviço de saúde imediatamente. Isso permite que os profissionais façam as orientações corretas e evitem que casos se tornem graves.”

As maiores taxas de incidência da dengue em Santa Catarina neste ano estão nas regiões extremo oeste, oeste, Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e norte do estado. O alerta é claro: a colaboração da população é essencial para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde coletiva.

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