Alckmin diz que redução da jornada de trabalho é ‘tendência mundial’

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (6) que a redução da jornada de trabalho é uma “tendência mundial”, ao ser questionado sobre a proposta do governo de rever o modelo 6×1, em que o trabalhador atua seis dias por semana e tem um de descanso.
A discussão ganhou força após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar, em pronunciamento sobre o Dia do Trabalhador, que pretende abrir o debate sobre o tema com sindicatos e empresários.
“Em relação à redução da escala 6×1, há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada de trabalho. É uma tendência mundial, porque cada vez a tecnologia permite fazer mais com menos gente”, afirmou Alckmin.
Segundo o vice-presidente, o avanço tecnológico tem impulsionado ganhos de produtividade, mas também ampliado desigualdades sociais. Ele defendeu mudanças estruturais na economia para garantir justiça social.
“É um mundo mais rico, sobre dinheiro no mundo, e um mundo mais desigual. E quem não tem capital, só tem força de trabalho, cresce pouco. Por isso que achei importante a proposta de mudança no Imposto de Renda que o presidente Lula enviou”, completou.
Alckmin também sinalizou que o governo está ciente das diferenças entre setores da economia e que eventuais mudanças na jornada devem ser negociadas com responsabilidade. “Entendo que não se pode tratar situações desiguais de forma igual. Tem que fazer essa discussão com os sindicatos… esse setor pode avançar mais, esse pode menos”, afirmou.
Lula defende medida
A ideia de rever a jornada de trabalho foi mencionada por Lula durante pronunciamento em cadeia nacional na noite de terça-feira (30). O presidente defendeu uma discussão ampla, com foco no equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida.
“Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso, a chamada jornada 6 por 1”, disse.
“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, completou.
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