Caso Lúcio do Nevada: ex-vereador suspeito do crime não foi julgado

O ex-vereador Carlos Macedo, acusado de ter sido o mandante do assassinato do vereador de Niterói, Lúcio do Nevada, não foi julgado pela Justiça. O processo segue em andamento na 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, sem data marcada para o julgamento, segundo informou o Tribunal de Justiça do Rio ao ENFOCO.

Lúcio foi morto a tiros no dia 25 de outubro de 2012, poucos dias depois de ter sido eleito na cidade. O crime aconteceu na porta da casa dos pais dele, no bairro Santa Bárbara, na Zona Norte de Niterói.

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Segundo testemunhas, ele conversava com moradores quando foi surpreendido pelos disparos. O atirador estava em um Fiat Palio. Lúcio foi atingido por pelo menos quatro tiros e levado ao Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi encomendado por Carlos Macedo, que era suplente de Lúcio. A motivação seria política: com a morte do titular, Macedo assumiu a vaga na Câmara e depois se reelegeu em 2016. A Justiça afirma que a eleição de Lúcio poderia expor um esquema de corrupção ligado ao gabinete do suplente.

Procurado através das redes sociais, o ex-vereador Carlos Macedo não respondeu ao ENFOCO, que não conseguiu localizar as defesas dos outros acusados citados.

Condenados

Outros envolvidos no caso já foram condenados. A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio fixou pena de 22 anos e seis meses para Marco Antonio Titoneli Barbosa, acusado de ser o autor dos disparos. Damião Washington da Silva Ferreira também foi condenado a 22 anos e três meses.

Além de Carlos Macedo, seguem como réus no processo Mariana Soares Queiroz da Silva, o ex-chefe de gabinete José Carlos Alves de Azevedo, e o ex-PM Jair Martins de Souza Netto.

Conhecido no bairro, Lúcio era empresário do setor naval e ficou popular após fundar o time de futebol amador Nevada. Ele havia disputado três eleições antes de ser eleito pela primeira vez em 2012.

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