Homem diz que cachorro o salvou de ataque de onça-parda

Um agricultor afirmou ter sido atacado por uma onça-parda no município de Maquiné, no interior do Rio Grande do Sul, na manhã deste domingo (4).

Darci Pelisser, 79, disse que foi salvo por um cachorro que o acompanhava. O ataque teria ocorrido no distrito de Barra do Ouro. Em entrevista à RBS TV, o homem detalhou que cria gado próximo ao local. “Eu achei que era um tatu. Eu queria ver o que era e vi que era um bicho grande. Mandei o cachorro pegar, e ele veio [para cima] no cachorro. Como ele não cortou o cachorro, eu não sei. O cachorro gritou e saltou para trás. Aí, ele veio no meu braço”, explicou.

Agricultor ficou ferido. Ele teve ferimentos no braço esquerdo, na mão direita e no rosto.

“Estou bem, não tenho problema nenhum. Estou machucado, mas estou bem”, disse ele à RBS. O homem chegou a receber atendimento médico, mas foi liberado e está em recuperação.

Animal não foi encontrado. O CABM (Comando Ambiental da Brigada Militar) informou em nota que foi acionado para ir até o local, mas não encontrou a onça-parda. Na manhã de hoje, a guarnição da 2ª Companhia do 1º Batalhão Ambiental continuava a realizar buscas na região, coletando informações sobre o ocorrido. “Conforme relatos iniciais, o ataque foi interrompido graças à ação de um cão que acompanhava a vítima, permitindo o socorro imediato ao agricultor, que se encontra em recuperação”, segundo o CABM.

Ocorrências com onças-pardas não são comuns na região, segundo o CABM. O órgão explicou que o caso envolvendo o agricultor é atípico. “Exige apuração detalhada e atuação conjunta entre os órgãos de segurança, meio ambiente e saúde”, disse.

Orientação é manter distância do animal. O Comando Ambiental alertou que, ao avistar qualquer animal silvestre de grande porte, a população deve manter distância e acionar imediatamente o telefone 190 ou o Batalhão Ambiental mais próximo.

Medidas preventivas estão sendo tomadas. “O Comando Ambiental reforça que todas as medidas preventivas estão sendo adotadas para garantir a segurança da comunidade e a proteção da fauna silvestre. Assim que tivermos novas informações oficiais, os dados serão amplamente divulgados à população e à imprensa”, ainda de acordo com nota publicada nas redes sociais.

Governo estadual foi comunicado do caso. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Sema-RS (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul) foram acionados para que sejam adotadas as providências técnicas e legais cabíveis, incluindo o acompanhamento do animal e a verificação de risco à população local.

O UOL procurou o Ibama e a Sema-RS, mas não houve retorno. A reportagem também tentou contato com a Prefeitura de Maquiné. O espaço segue aberto para manifestação.

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