Apple supera expectativas e fecha segundo trimestre fiscal com US$ 95,4 bilhões de receita

A Apple divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2025 (equivalente ao primeiro trimestre do ano-calendário), surpreendendo positivamente os analistas com uma receita total de US$ 95,4 bilhões.

O número representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior e superou as projeções de Wall Street, que previam US$ 94,68 bilhões.

O lucro líquido da companhia no trimestre foi de US$ 24,8 bilhões, com um lucro diluído por ação de US$ 1,65, 8% acima do registrado um ano antes e acima da estimativa média dos analistas, de US$ 1,63 por ação.

Apesar dos resultados sólidos, as ações da Apple encerraram o pregão pós-mercado em queda de 4%, consequência das incertezas quanto ao impacto de tarifas comerciais futuras, principalmente envolvendo China, Índia e Vietnã.

Divulgação/Apple

iPhone e Serviços seguem como pilares de receita

Mais uma vez, o iPhone liderou a geração de receita da Apple, somando US$ 46,84 bilhões — um aumento de 1,9% em relação ao segundo trimestre de 2024 e acima da expectativa de US$ 45,84 bilhões. O bom desempenho é atribuído, em parte, ao lançamento do iPhone 16e.

A divisão de Serviços, que inclui App Store, iCloud, Apple Music e outros, segue como a segunda maior fonte de receita da empresa. O segmento arrecadou US$ 26,65 bilhões, representando um crescimento anual de 11,6%.

Embora o número tenha ficado levemente abaixo dos US$ 26,7 bilhões projetados pelo mercado, ainda assim consolidou a tendência de crescimento constante desse setor.

Apple MacBook Air M4
Divulgação/Apple

Macs e iPads também crescem, mas categoria de wearables decepciona

A Apple também se beneficiou da chegada dos novos MacBook Air com chips M4, o que impulsionou a receita da linha Mac para US$ 7,95 bilhões, contra US$ 7,45 bilhões no ano anterior.

Já os iPads, mesmo com pouco tempo de mercado no trimestre (cerca de duas semanas desde o lançamento dos novos modelos com chip M3), conseguiram somar US$ 6,4 bilhões em receita, acima dos US$ 6,2 bilhões esperados, representando um salto de 15,1% em relação ao ano anterior.

O único setor em queda foi o de Wearables, Casa e Acessórios — categoria que inclui Apple Watch, AirPods e HomePod. A receita ficou em US$ 7,52 bilhões, abaixo dos US$ 7,95 bilhões projetados e também inferior aos US$ 7,91 bilhões do mesmo período de 2024.

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Desempenho por regiões e impacto das tarifas

Geograficamente, a Apple registrou crescimento de receita em quatro das cinco regiões analisadas: Américas, Europa, Japão e Ásia-Pacífico. A exceção foi a Grande China, onde a receita caiu para US$ 16 bilhões, ante US$ 16,37 bilhões do ano anterior.

Durante a conferência com investidores, o CEO Tim Cook minimizou os efeitos imediatos das tarifas comerciais na performance da empresa, destacando a otimização da cadeia produtiva.

Segundo ele, mais da metade das vendas de iPhone nos EUA vêm da Índia, e quase toda a produção de Macs, iPads, AirPods e Apple Watch é originária do Vietnã.

Vamos continuar gerindo a empresa com decisões ponderadas e foco no longo prazo, investindo em inovação e nas oportunidades que ela cria

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Recompra de ações e dividendo elevado

Além dos dados operacionais, o conselho da Apple aprovou a recompra de US$ 100 bilhões em ações — uma leve redução em relação aos US$ 110 bilhões do ano passado — e anunciou o pagamento de dividendos de US$ 0,26 por ação, um aumento de 4%. Os acionistas registrados até 12 de maio receberão o pagamento no dia 15.

O diretor financeiro Kevan Parekh também citou a solidez operacional da empresa:

Nosso desempenho no trimestre gerou US$ 24 bilhões em fluxo de caixa operacional, permitindo a devolução de US$ 29 bilhões aos acionistas

Perspectivas para o restante de 2025

Apesar da pressão externa com possíveis mudanças tarifárias e oscilações no mercado asiático, a Apple encerra o segundo trimestre fiscal com sinais claros de resiliência. O desempenho positivo em quase todas as categorias e a confiança reforçada por recompra de ações e aumento de dividendos mostram que a empresa segue forte em sua operação e planejamento financeiro.

Nos próximos meses, o mercado deve observar com atenção os desdobramentos da política comercial internacional, que podem afetar a produção e os preços dos produtos da marca.

Ainda assim, com uma base ativa de dispositivos em nível recorde, novos lançamentos de hardware no radar e uma receita crescente em serviços, a Apple mantém sua posição como uma das companhias mais lucrativas e estáveis do setor de tecnologia.

Fonte: Apple

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