Tendências do uso de IA no Brasil: adesão é acima da média mundial, mas ainda exclui classes baixas e idosos

Um novo estudo publicado pela empresa de cibersegurança NordVPN indica tal adoção no uso de ferramentas de inteligência artificial (IA).

Explorando o uso de diversos utilitários tecnológicos, chama atenção na pesquisa o uso de chatbots de IA no país, que supera as médias de Itália, Alemanha e Japão: 38% dos respondentes relataram usar os robôs virtuais para assistência geral no tempo livre, 39% para trabalho e 22% para estudos. Por outro lado, a desigualdade social do país se reflete também no acesso a tais ferramentas, com 64% dos entrevistados de classe alta travando contato semanal com essa tecnologia, comparado a 36% de classe média e apenas 30% de classe baixa.

O acesso a chatbots é praticamente paritário comparando os sexos masculino e feminino nos usos diário e semanal – 22% dos homens relataram uso diário de chatbots e 27% o uso semanal, contra 21% e 21% das mulheres, respectivamente. Entretanto, no recorte por idade, fica clara a predominância de gerações mais jovens no trato com tais ferramentas: 65% das pessoas entre 65 e 74 anos responderam jamais usar chatbots, contra apenas 15% dos indivíduos entre 18 e 24 anos.

Apesar do uso relativamente difundido de IA, o Brasil teve a menor porcentagem de entrevistados usuários de chatbots dentre os países sondados que disseram se educar para adaptarem-se às inovações de IA: apenas 32%, ante 36% dos alemães e 38% de japoneses e italianos.

Como usar chatbots de modo seguro

Por um lado, a familiaridade no uso de chats de IA parece fundamental para profissionais e estudantes num contexto em que empresas de tecnologia promovem uma “corrida de armas” de modelos de linguagem cada vez mais capazes de desempenhar tarefas criativas e complexas.

Porém, em se tratando de modelos de linguagem como o ChatGPT ou chats de atendimento ao consumidor em sites diversos, também é primordial ter consciência de que eles podem oferecer riscos virtuais. Confira a seguir quais são eles e algumas maneiras de evitá-los.

Ataques de phishing

Verifique sempre a identidade de um chatbot ou da página em que ele está antes de começar qualquer conversa. Robôs maliciosos podem ser usados em fraudes virtuais, passando-se por serviços legítimos, para roubar dados e credenciais de vítimas.

Distribuição de vírus

Jamais clique em links suspeitos ou arquivos anexos enviados por chatbots. Eles podem ser usados para espalhar malwares.

Atualize seus softwares

Manter atualizados os programas de VPN online e antivírus é indispensável para a cibersegurança: o antivírus detecta e se livra de malwares, enquanto a VPN criptografa as comunicações virtuais e protege a navegação de invasores e alguns tipos de ataques online, direcionando o tráfego virtual por servidores privados.

Entretanto, essa é uma tarefa que deve ser relembrada: as empresas desenvolvedoras sempre desenvolvem versões novas de seus produtos para adequar-se às ameaças criadas diariamente por criminosos. Embora tais protocolos e versões novas costumem ser identificados e baixados automaticamente pelos programas, certifique-se de verificar de tempos em tempos e eventualmente fazer o download manualmente, se necessário.

Não compartilhe dados sensíveis

É incomum ter a plena noção de como as empresas desenvolvedoras de chatbots processam os dados de quem interage com eles. Portanto, evite compartilhar quaisquer dados sensíveis ou pessoais nas suas conversas.

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