Entenda como funcionava o suposto esquema de corrupção envolvendo o vereador Siderlane Mendonça

O grupo criminoso, supostamente liderado pelo vereador Siderlane Mendonça, envolvido em crimes eleitorais, é suspeito de desviar dinheiro público através de doações de pessoas físicas e de ter movimentado mais de R$ 200 mil. O parlamentar foi afastado do cargo durante o cumprimento da Operação Falácia nesta sexta-feira (25). 

De acordo com informações de fontes, repassadas ao TNH1, servidores e assessores de Siderlane na Câmara repassavam parte do dinheiro do salário como “doação de pessoas físicas para a campanha do vereador” durante as eleições de 2020. Ao todo, o esquema teria movimentado cerca de R$ 245 mil. 

O esquema é caracterizado como uma prática de “rachadinha”, onde o servidor repassa uma parte de seu salário de volta ao político que o contratou. O repasse pode ser feito via transferência ou através do pagamento de despesas. 

A prática é considerada crime, apesar de não estar prevista no Código Penal e pode ser qualificada em crimes como peculato, concussão e corrupção passiva. Além disso, também pode estar associada ao crime de lavagem de dinheiro. 

Durante a operação, foram apreendidos no gabinete do vereador documentos, agendas e anotações para ajudar nas investigações. Além disso, também foram recolhidos os celulares dos alvos e dinheiro em espécie. 

Siderlane se pronunciou e disse estar sendo perseguido

Siderlane tem 46 anos e está no seu terceiro mandato consecutivo na Câmara Municipal de Maceió. Na última eleição, ele foi eleito com 7.377 votos pelo Partido Liberal (PL). 

Em vídeo postado numa rede social, o vereador disse desconhecer o motivo da abordagem policial e afirmou que está sendo perseguido. “Fui surpreendido pela polícia agora pela manhã aqui num hotel em Brasília. É verdade, aproveitaram que eu viajei a trabalho e mandaram a polícia me fazer uma citação judicial. Recebi a citação e já encaminhei ao meu advogado, os fatos serão apurados porque até então eu nem sei do que se trata e em breve serão esclarecidos”, falou.

Operação 

A Polícia Federal está cumprindo, nesta sexta-feira (25), 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo contra um grupo criminoso envolvido em crimes eleitorais, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público. Outras 17 medidas cautelares também estão sendo executadas.

*Estagiário sob supervisão

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