Professora de creche católica é demitida por manter página em plataforma adulta

Após muita pressão de pais de alunos de uma creche católica em Treviso (Itália), a professora Elena Maraga, de 29 anos, foi demitida nesta semana. O motivo: ela mantém uma página na plataforma adulta OnlyFans, a fim de complementar a sua renda.

A descoberta de que Elena tinha outra carreira foi feita pela mãe de um aluno e deixou os outros pais furiosos.

A denúncia chegou até a diretora da escola, que pediu que ela apagasse o perfil, acusando-a de “prejudicar a imagem do estabelecimento”. Elena se recusou. Em seguida, uma publicação numa página comunitária no Facebook fez o caso explodir.

Ainda pesou contra a professora o fato de ela participar de programas de televisão em que defendia o seu trabalho erótico e afirmava que ele não interferia na sua função na creche.

De acordo com o jornal “La Repubblica”, Elena, que trabalhava na creche havia cinco anos, foi demitida por justa causa.

A direção da creche afirmou que a atividade paralela de Elena “prejudicaou irreparavelmente o elemento de confiança: não nos é permitido continuar a relação de emprego”.

A professora se defendeu e acusou a escola e os pais dos alunos de “hipocrisia”, alegando não ter violado a “clásula moral” do seu contrato.

“Fui vítima de uma injustiça. Nunca deixei as crianças ou a escola ficarem sem nada”, argumentou ela. “Nunca me aventurei na pornografia. Só tiro a calcinha para quem paga mais: na praia, você vê muito mais cenas explícitas. O problema não são as crianças, mas os adultos: sua sexofobia, a hipocrisia que os leva a processar publicamente aqueles que, em particular, tentam esquecer sua solidão”, acrescentou ela.

Elena tinha um salário de 1.200 euros (cerca de R$ 7.750) na creche. No OnlyFans está faturando uma média de 1.400 euros (R$ 9 mil) por mês.

O caso levou educadores de escolas paroquiais italianas a cogitarem a adoção de uma nova norma de conduta para os seus professores.

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