Polícia instaura inquérito para investigar violência praticada contra empresária alagoana

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) instaurou inquérito para investigar o caso de violência doméstica envolvendo a empresária alagoana Giuliana Omena. A mulher denunciou nas redes sociais ter sofrido abusos em um relacionamento de quase 16 anos e deixou o país com medo do ex-marido.

Segundo a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAMs), a PC-AL “atua de forma diligente contra crimes desta natureza”.

A vítima relatou que demorou a compreender a gravidade do que enfrentava em um relacionamento abusivo. Para ela, a percepção de violência estava restrita à agressão física, só percebendo, hoje, que há outros tipos de abusos.

“Na minha cabeça, eu achava que vivia episódios isolados e extremamente pontuais. O que, definitivamente, não foi. Isso aconteceu, pelo menos, uma centena de vezes”, contou.

A delegada reforçou a importância de se reconhecer as diversas formas de violência previstas na Lei Maria da Penha. Além das mais conhecidas — física, moral e sexual — também é essencial falar sobre a violência psicológica e patrimonial.

Neste caso, a violência psicológica se configura como qualquer comportamento que cause dano emocional ou psicológico, como humilhação e constrangimento. Já a violência patrimonial ocorre quando o agressor controla os recursos da vítima, destrói bens ou se apropria deles.

De acordo com a empresária, o controle emocional exercido pelo ex-companheiro era constante. Ela contou que teve seu escritório destruído por ele e que nunca teve acesso a contas bancárias, nem autonomia financeira.

Para orientar outras vítimas, a delegada Ana Luiza lembrou que é possível registrar boletins de ocorrência presencialmente nas DEAMs, em Maceió e Arapiraca; no Núcleo da Mulher, localizado no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), também na capital; em delegacias dos municípios do interior; ou de forma online. Ela incentivou que as mulheres busquem ajuda para romper com o ciclo de violência.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.