Caso Roberta Dias: defesa pede desaforamento e júri pode ser adiado; entenda

Marcado para começar nesta quarta-feira (23), o julgamento do caso Roberta Dias pode ser adiado por conta de um pedido de desaforamento, feito pela defesa de um dos réus, que se trata da retirada do julgamento do local onde ocorreu o crime. A informação foi repassada pelo juiz responsável pelo caso, Lucas Dória, à reportagem da TV Pajuçara.

“Esse pedido é julgado pelo Tribunal de Justiça. Inicialmente é distribuído a um desembargador relator que tem exatamente a atribuição de deliberar sobre a manutenção do julgamento aqui nesta cidade ou a retirada para outra cidade. Nós não temos informação ainda de que tenha sido distribuído esse pedido nem de nenhuma decisão. Assim que tivermos informação, nós tomaremos as posições conforme a deliberação do desembargador”, explicou o magistrado.

O juiz detalhou ainda que, enquanto não houver – se houver – suspensão em razão desta decisão, os trâmites terão início. “Aguardamos e esperamos que essa decisão, essa deliberação do Tribunal ocorra o quanto antes, justamente para que a gente possa então continuar com tranquilidade no trabalho ou então suspender conforme for o entendimento do Tribunal”.

Como ocorrerá o júri popular – O julgamento está marcado para iniciar nesta quarta com o sorteio dos jurados. Devem ser ouvidas as oito testemunhas de acusação. Cada uma com depoimento com duração de cerca de 40 minutos cada.

Já nessa quinta-feira (24) o julgamento começa com as testemunhas de defesa e, em seguida, ao final do dia, os dois acusados, Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares, conhecido como “Bruninho”, devem ser interrogados.

E para a sexta-feira (25) está separado o momento dos debates. A previsão é de que dure em torno de nove horas, com os trabalhos iniciando mais cedo, para concluir no mesmo dia. Os debates não serão interrompidos.

O caso – Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, quando tinha 18 anos. O motivo do crime seria o bebê que ela estava esperando do filho de Mary Jane, Saullo, com quem Roberta teve um relacionamento. Ele tinha 17 anos e a gravidez era indesejada pela família dele. Ele e a mãe teriam atraído a vítima para uma rua nas proximidades do posto de saúde, onde a jovem tinha ido se consultar.

A ossada de Roberta Dias só foi encontrada nove anos depois do assassinato, na Praia do Pontal do Peba, na cidade de Piaçabuçu. Foi a mãe dela que, após saber que um crânio foi localizado naquela região, providenciou uma escavadeira para recolher os restos mortais da filha. Pouco depois, a polícia foi chamada e acionou a Perícia Oficial, que comprovou, após realização de exame, que se tratava, de fato, de Roberta Dias.

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