Rio Paraná teve cheia histórica em 1983: ‘Foz nunca viu coisa igual’

“Foz do Iguaçu nunca viu coisa igual”. Era o texto inicial da reportagem do Nosso Tempo sobre a cheia do Rio Paraná, que o jornal aferiu uma das maiores até então. Centenas de pessoas foram impactadas, como moradores, pescadores e comerciantes.

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O Paranazão subiu muito acima da média em junho daquele ano. Moradias em favelas das comunidades Monsenhor Guilherme, Marinha e Boicy, próximas ao rio, foram levadas pelas águas, conforme a edição n.º 73 do semanário.

Até uma madeireira nas proximidades da Ponte Internacional da Amizade ficou totalmente encoberta pelo rio, que ficou vários metros acima de seu curso normal, destacou o impresso iguaçuense. Às margens do Rio Paraná, o Iate Clube também foi alagado.

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Detalhe extra: o Nosso Tempo não perdeu a perspicácia nem ao tratar de assunto de tamanha relevância. “Saio andando nu pela Avenida Brasil no dia em que as águas chegarem até a sede do Iate Clube”, resgatou o jornal, sobre a promessa do comodoro Casemiro Dornareski, quando ergueu o espaço, no começo da década de 1980.

Rio Paraná e a cheia

Assim como geralmente acontece em eventos extremos, a população mais vulenável é a que paga a conta. Pescadores e moradores de favelas próximas foram os que mais sofreram com as águas bravias do Rio Paraná.

“Não sei o que fazer. Não tenho onde morar nem como pagar aluguel”, relatou Nélida Ledesmo, viúva, dois filhos e quase sem renda. Ela conseguiu retirar alguns pertences e abrigou-se em uma construção abandonada.

Naquele ano de 1983, o pescador Alfredo Zimmermann viu a casa ser coberta pelas águas até o telhado. “Nós amarramos a casa, mas se o rio continuar subindo é provável que tudo vá água abaixo”, lamentava-se.

O desespero tomava conta da população que via o resultado do trabalho de uma vida inteira perdido ou sob risco. Na área Sul de Foz do Iguaçu, na região do Porto Meira, os moradores também enfrentavam o drama da enchente, devido à cheia do Paranazão.

Acesse a reportagem original, na íntegra.

História de Foz a um clique

O portal Nosso Tempo Digital reúne todo o acervo do jornal, projeto lançado para marcar o aniversário de 30 anos do periódico rebelde. Assim, o objetivo é preservar a memória da cidade, facilitar o acesso à história local e regional, e democratizar a consulta ao acervo midiático por meio da internet.

O acesso é gratuito. O acervo constitui fonte valiosa para o morador desejoso de vasculhar a história da cidade e de seus atores, contada nas 387 edições do jornal que foram digitalizadas, abrangendo de dezembro de 1980 a dezembro de 1989

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