Brasil só terá 6G a partir de 2032

O Brasil só deve começar a explorar comercialmente as redes móveis de sexta geração (6G) a partir de 2032, segundo estimativas compartilhadas pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, ao Canaltech durante um evento realizado em Brasília.

A tecnologia, que está sendo chamada de IMT-2030, ainda passa por definições técnicas globais e deve suceder oficialmente o 5G a nível mundial na virada da década.

Estudos técnicos e padronização ainda estão em andamento

De acordo com Baigorri, o setor de telecomunicações está atualmente em uma etapa inicial de concepção, com participação ativa de reguladores, pesquisadores e representantes da indústria. Antes da entrada efetiva das operadoras, será preciso definir as faixas de frequência que serão dedicadas à nova geração de conectividade.

Ainda estamos entendendo quais serão os padrões e espectros ideais para o futuro da conectividade móvel de altíssimo desempenho

Carlos Baigorri, presidente da Anatel

Reprodução/DALL-E

Transição passará pelo 5.5G com aumento significativo de velocidade

Antes da chegada definitiva do 6G, está prevista uma fase intermediária com a adoção do 5.5G, uma evolução do padrão atual que promete velocidades até 10 vezes maiores que o 5G. Essa etapa também servirá como base para a preparação de infraestrutura e desenvolvimento de chips compatíveis com o novo salto tecnológico.

O 6G deve representar um avanço radical em relação ao 5G, especialmente em áreas como automação industrial, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial embarcada.

As redes também devem viabilizar interações em tempo real mais avançadas, essenciais para o desenvolvimento de robôs autônomos, veículos conectados e dispositivos de realidade aumentada.

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Coordenação internacional será essencial para o sucesso do 6G

Segundo Baigorri, o desenvolvimento do 6G precisa ser feito em harmonia com outros países, a fim de assegurar padronização e redução de custos. “Se cada nação seguir um caminho tecnológico diferente, o resultado será uma explosão de gastos que pode comprometer a viabilidade do ecossistema”, alertou o presidente da Anatel.

Empresas do setor, como a Samsung, acompanham de perto a evolução da tecnologia, mas reforçam que avanços em dispositivos dependem diretamente da disponibilidade de infraestrutura e chips de próxima geração.

Fonte: Canaltech

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