Glauber Braga põe fim em greve de fome após nove dias sem ingerir nenhum alimento sólido

Fim da greve de fome de Glauber Braga só foi possível após decisão do presidente da Câmara assumir não pautar processo de cassação

Glauber Braga (PSOL-RJ) suspende greve de fome após nove dias – Foto: Divulgação PSOL/ND

Após de nove dias sem comer, deputado federal, Glauber Braga (PSOL-RJ), suspendeu a greve de fome. O anúncio foi feito no final da tarde desta quinta-feira (17). O parlamentar se pronunciou após tomar a decisão. Ao todo foram 200 horas, em que ele esteve acampado na Câmara dos Deputados.

 

Braga afirmou que encerrou a greve de fome após conversar com grupos de apoio, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumir o compromisso de não pautar o processo de cassação contra Braga no primeiro semestre.

Segundo o parlamentar, a medida tomada por Motta só foi possível graças ao emprenho dos deputados, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Com a decisão do presidente da casa, Braga tem mais tempo para se defender.

Após dar entrevista, o deputado foi levado para o hospital, para o período de transição, que é adequação do organismo para receber alimentação adequada. No período da greve de fome, se alimentou com água e isotônico. A assessoria de imprensa de Braga afirma que ele perdeu cinco quilos.

A denúncia que resultou na greve de fome

Na quarta-feira (09), o Conselho de Ética da Câmara aprovou a cassação do mandato de Glauber Braga. Foram 13 votos favoráveis à cassação e cinco contrários. A denúncia foi feita pelo partido Novo.

Braga foi acusado de quebra de decoro, após o parlamentar expulsar um integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) na Câmara. O fato foi registrado em abril de 2024. No episódio, o deputado teria chutado o militante Gabriel Costenaro.

Próximos passos

Glauber Braga tem até a próxima terça-feira (22) para apresentar recurso, na a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Em publicação do presidente, Hugo Motta, falou sobre o assunto. “Após esse período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, disse.

Se o recurso for rejeitado na CCJ, o pedido de cassação vai para o plenário. Para que Glauber Braga perca do mandato são necessários 257 votos. O deputado afirma que o pedido de cassação não está ligado ao episódio do ano passado, mas acredita em perseguição política.

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