Novas faces do sofrimento emocional: do ‘FOMO’ à ‘NOMOFOBIA’, conheça os termos que refletem os desafios emocionais da era digital. Por Vanesa Bagio

A saúde emocional vem sendo influenciada pelo contexto social em que vivemos. Com o avanço acelerado da tecnologia, das redes sociais e da ‘hiperconectividade’, novos comportamentos e sintomas emocionais começaram a surgir e com eles, novos nomes também.

Falar desses termos não é apenas seguir uma tendência, é dar nome ao sofrimento psíquico moderno, legitimando dores que muitos vivem em silêncio, sem compreender que não estão sozinhos e que existe, sim, caminho para o cuidado.

A seguir, trago os principais conceitos que vêm sendo discutidos atualmente no campo da saúde mental, especialmente os que emergem como consequência direta da vida digital.

Mas psicóloga Vanesa o que seria esse termo ‘FOMO’?

É aquele medo constante de estar perdendo algo importante: uma festa, uma notícia, uma conversa, uma oportunidade, informações nem tão importantes. Para contextualizar esse termo, ele apareceu pela primeira vez em estudos sobre o impacto das redes sociais no comportamento social, especialmente entre os jovens, trazendo impacto nas emoções, como crises de ansiedade, insatisfação constante, baixa autoestima, comparações. A pessoa vive em alerta, comparando-se com os outros e sentindo que sua vida é sempre “menos interessante”.

Gatilhos mentais: ficar checando o celular de 5 em 5 minutos, dificuldade em aproveitar o presente, ansiedade social, exaustão mental.

E o que É NOMOFOBIA?

Pânico ou desconforto extremo ao ficar sem o celular ou sem conexão com a internet. Ganhou força nos últimos anos, especialmente após a pandemia, quando o celular virou nosso principal canal de conexão com o mundo. A nomofobia pode gerar sintomas de abstinência, irritabilidade, crises de ansiedade e até insônia.
Gatilhos mentais: medo de sair de casa sem o celular, necessidade de mantê-lo sempre por perto (inclusive no banho), sensação de angústia se a bateria estiver acabando.

Como psicóloga, deixo três alertas:

  1. Não espere o sofrimento “gritar” para procurar ajuda – a maioria desses quadros começa de forma sutil.
  2. Tecnologia não é vilã – o problema está no uso desregulado, sem consciência emocional.
  3. Cuidar da saúde mental na era digital é um ato de resistência – e também, de amor-próprio.

Vivemos em tempos de excesso: de estímulos, de informações, de comparações.
Mas também podemos escolher o caminho da consciência, do limite e do autocuidado.

Reconhecer as novas faces do sofrimento emocional não é modismo — é um passo essencial para preservar o que temos de mais precioso: nossa essência emocional.

 

Fique bem!

 

Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”

 

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