PMs suspeitos de estuprar jovem dentro de viatura são indiciados

A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta quarta-feira (16) dois policiais militares sob suspeita de estupro de vulnerável.

Eles são acusados de ter estuprado uma jovem de 20 anos dentro de uma viatura da Polícia Militar em Diadema, no último dia 2 de março, durante o Carnaval. Os policiais negam o crime.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública, da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou que as as investigações seguem em andamento também pela Polícia Militar.

O caso foi classificado como estupro de vulnerável, porque a Polícia Civil entendeu que a mulher não tinha condições de responder aos próprios atos por conta do elevado nível de álcool que foi constado no sangue.

Os dois policiais estão presos no presídio militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, desde o dia 3 de março. Eles foram presos em flagrante pelos crimes de abandono de posto e descumprimento de missão após darem carona à jovem. Isso porque eles deixaram a área de patrulhamento sem autorização e sem motivo justificado, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

À polícia, a jovem relatou que voltava de um bloco de Carnaval, em Santo André, por volta das 22h, quando foi pedir ajuda aos policiais, o soldado Leo Felipe Aquino da Silva e o cabo James Santana Gomes, do 24º Batalhão. Os dois disseram que iriam dar uma carona para a mulher até em casa, em São Paulo.

Porém, a jovem foi deixada em uma área na região da rodovia Anchieta.

“Após sair da viatura a jovem acusou os policiais de estupro, denúncia que é rigorosamente apurada pela instituição”, afirmou a SSP.

Ela chegou a gravar um vídeo dentro da viatura discutindo com os policiais. No vídeo, ela diz que não sabia para onde está sendo levada, enquanto o PM alega que não sabe o caminho da casa dela. Nesse momento, ela grita com o policial que dirige a viatura e o chama de mentiroso

Nesta quarta (16), a Polícia Civil concluiu que há indícios suficientes para dar encaminhamento ao processo. O laudo para constatar conjunção carnal foi inconclusivo, mas os investigadores do 26º DP (Sacomã) consideraram o depoimento detalhado da jovem logo após o crime

Imagens das câmeras corporais dos militares também foram usadas como prova no indiciamento. Gravações mostraram que os PMs passaram ao menos duas horas com a mulher. Eles esconderam os equipamentos por pelo menos 20 minutos, momento em que não é possível saber o que foi feito com a vítima.

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