Ato marca 29 anos do massacre de Eldorado do Carajás, no Pará


Caso ocorreu em 17 de abril de 1996, quando 21 pessoas sem terra foram mortos por policiais militares. Massacre de Eldorado dos Carajás completa 29 anos
Globo
Um ato é realizado nesta quinta-feira (17), no Pará, para marcar e relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, cidade no sudeste do estado.
O ato faz parte das ações feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em memória do ocorrido em 1996, quando 21 pessoas sem terra foram mortas por policiais militares.
Além disso, os manifestantes reivindicam reforma agrária na região. Eles também organizaram uma marcha de 800 km até Belém, para exigir a desapropriação da fazenda Macaxeira, onde o massacre ocorreu.
Relembre o caso
No dia 17 de abril de 1996, aproximadamente 300 trabalhadores fizeram um protesto na PA-150 e bloquearam a passagem de veículos. A principal reivindicação era a demora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em desapropriar a Fazenda Macaxeira, de 40 mil hectares.
Os policiais, então, tentaram retirar os manifestantes com bombas de efeito moral e parte dos manifestantes teriam reagido jogando pedras e pedaços de pau. A polícia reagiu com disparos de metralhadora.
No final do conflito, 19 trabalhadores foram mortos e dezenas de outros feridos; dois deles morreram no hospital, segundo o MST. Os policiais retiraram os corpos do local e destruíram provas para dificultar as investigações, segundo o Ministério Público.
Os dois comandantes da operação foram julgados e punidos. A sentença do Coronel Pantoja, foi de 208 anos de prisão. Ele morreu em 2020. O Major Oliveira cumpre pena em regime domiciliar, mas foi condenado a 158 anos de prisão.
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Obra no Paraná resgata o massacre de Eldorado do Carajás
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