Influenciadores são alvo da PF em esquema de iPhones ilegais

Influenciadores e iPhones apareceram na mesma frase no centro de uma nova operação da Polícia Federal. Na manhã desta terça-feira (15), a corporação, em parceria com a Receita Federal, deflagrou a operação Linha Ocupada com o objetivo de desmantelar um esquema de venda ilegal de eletrônicos importados sem o pagamento de impostos, especialmente iPhones.

As investigações revelaram que influenciadores digitais utilizavam suas redes sociais para anunciar os produtos, que eram trazidos do exterior de forma irregular. Os equipamentos vinham sem o devido recolhimento de tributos e eram armazenados e distribuídos a partir das próprias residências dos envolvidos.

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Segundo nota da Receita Federal, os suspeitos obtinham lucro ao oferecer os aparelhos com preços muito abaixo dos praticados no mercado nacional, prejudicando concorrentes que atuam legalmente no setor de tecnologia e telefonia.

“O lucro do esquema era baseado na ausência do recolhimento dos tributos que incidiriam nas operações de importação, o que possibilitava vendas por preços muito abaixo daqueles praticados no mercado, prejudicando a livre concorrência do setor”, afirmou o órgão.

Mandados e apreensões

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais e comerciais nos estados de São Paulo e Espírito Santo. A operação mobilizou 59 policiais federais e 26 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal.

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Entre os materiais apreendidos estão diversos iPhones, smartwatches, tablets, outros eletrônicos de alto valor, além de computadores e veículos. Os nomes dos influenciadores investigados não foram divulgados pelas autoridades até o momento.

Divulgação/Polícia Federal

Crimes e penas

Os investigados poderão responder por crimes como descaminho (entrada ilegal de produtos no país), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem pegar penas que, somadas, ultrapassam 10 anos de prisão.

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Além das sanções penais, a Receita Federal informou que os envolvidos poderão ser obrigados a pagar retroativamente os tributos sonegados referentes aos produtos vendidos irregularmente, o que pode gerar uma dívida milionária com a União.

Foco nas redes sociais, influenciadores e iPhones

A operação também reforça a crescente atenção das autoridades à atuação de influenciadores no ambiente digital. Segundo os investigadores, a popularidade nas redes sociais era usada como vitrine de vendas, alcançando um grande público e mascarando a origem ilícita dos produtos.

A Receita aponta que essa prática configura concorrência desleal, pois permite que os envolvidos pratiquem preços bem abaixo do mercado sem arcar com os encargos legais exigidos de empresas formais.

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Fonte: Polícia Federal

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