Pentágono corta US$ 5,1 bi em despesas com TI

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD), cortou US$ 5,1 bilhões em contratos de serviços de Tecnologia da Informação. 

Entre as empresas afetadas, estão as consultorias Accenture, Deloitte e Booz Allen Hamilton Holding Corp.

Segundo Peter Hegseth, secretário de defesa dos Estados Unidos, os gastos são desnecessários e o Pentágono consegue absorver parte das atividades internamente. 

“É muita consultoria”, afirmou Hegseth em um vídeo postado na rede social X.

O secretário alega que, em vez de gastar US$ 500 por hora com essas empresas, o governo poderia investir parte do dinheiro no cuidado com a saúde de combatentes de guerra e suas famílias. 

Um dos contratos afetados é de serviços prestados pelas três consultorias à Agência de Saúde e Defesa, no valor de US$ 1,8 bilhão.

A Accenture também sofrerá cortes de US$ 1,4 bilhão em contratos de revenda e serviços de nuvem empresarial. Segundo o departamento, a demanda poderá ser cumprida por aquisições recentes, que não foram especificadas pelo órgão.

Um contrato de US$ 500 milhões para serviços administrativos com a Marinha também foi revisto, assim como US$ 500 milhões em suporte de TI para a Agência de Projetos e Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA). 

Outros US$ 900 milhões foram de rescisões de contratos com outras 11 empresas, relacionados a serviços ligados à diversidade, iniciativas de mudanças climáticas e pandemias.

Todo esse montante se soma aos cortes de US$ 580 milhões realizados nas primeiras seis semanas de governo, em conjunto com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), gerenciado pelo sul-africano Elon Musk.

Para garantir a eficiência das operações de TI, Hegseth orientou um trabalho conjunto entre o Departamento de Defesa e o DOGE, com a elaboração de um plano de ação em 30 dias.

Neste plano, o secretário pretende transferir a terceirização de serviços para a força de trabalho civil do departamento, negociar taxas mais favoráveis para softwares e serviços de nuvem e concluir uma auditoria do licenciamento de software do DoD até o dia 18 deste mês.

Após o anúncio dos cortes, as ações da Booz Allen na Bolsa de Nova Iorque caíram 2,4% e as da Accenture, cerca de 2%. As empresas não quiseram se manifestar até o momento.

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