“Bancada da bola” garante a CBF no Congresso

 
Por  Vinícius Valfré e Levy Teles, no jornal “O Estado de São Paulo”:
 

“A ‘bancada da bola’ no Congresso atua conforme interesses das federações estaduais de futebol e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida por Ednaldo Rodrigues. É possível mapear ao menos 22 parlamentares da Câmara e do Senado com algum grau de ação política em favor das ações da entidade máxima do futebol. O grupo contempla membros de nove partidos que vão do PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL, de Jair Bolsonaro, passando pelo Centrão.

A atuação desses parlamentares ajudaram a impedir, por exemplo, que Ednaldo prestasse esclarecimentos em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) sobre manipulação de resultado em partidas de futebol. Também trabalharam para não repercutir a denúncia de aparelhamento da CBF publicada pela revista piauí.

Baiano e oriundo da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo reeditou estratégia de cartolas como Ricardo Teixeira e reativou em Brasília, no ano passado, a “casa da CBF”, um espaço para lobby e estreitamento de relações com os Três Poderes.

As investidas no Judiciário para devolver Ednaldo ao cargo partiram de parlamentares baianos, conterrâneos dele, oficializadas por uma ação do PCdoB. A decisão que o recolocou à frente da Confederação, em janeiro de 2024, é do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia sido afastado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por irregularidades na eleição que venceu em 2022.”

A reportagem do “Estadão” cita apenas um parlamentar alagoano como integrante da “bancada da bola”- Arthur Lira (PP/AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados – ao dizer sobre ele: “Tem em seu grupo o chefe da federação de Alagoas, Gustavo Feijó, que aderiu a Ednaldo. Emplacou seu ex-secretário, Luís Otávio Veríssimo, no STJD”

 

 

 
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