Rapper é condenado a pagar indenização milionária por abuso sexual e agressão

Contratada para ser assistente de Soulja Boy em 2018, a mulher e o músico engataram um relacionamento romântico. No processo, ela o acusou de socá-la e estuprá-la várias vezes. Durante o depoimento, a acusadora ainda contou que perdeu metade do seu peso corporal, chegando a quase 39kg, antes de “se livrar dele”. No tribunal, ela disse: “Eu nem me sentia mais humana, me sentia como um animal”.

A mulher esclarece que só continuou no relacionamento com o cantor por medo das ameaças feitas por ele à sua família e à integridade física dela. Soulja também a chantageava com um vídeo sexualmente explícito, ameaçando publicá-lo caso ela terminasse o relacionamento.

Mensagens de texto trocadas por eles no período que ainda estavam juntos foram mostradas no tribunal. Entre pedidos comuns em uma relação de chefe e funcionária, como configurar equipamentos de informática, o rapper também enviava mensagens problemáticas: “Eu deveria ter te matado”, “Espero que você morra” e “Espero que você pegue corona (COVID-19)”. Em outros momentos, o cantor pedia desculpas e se declarava para ela. “Querida, volte, vamos conversar sério”; “Você está bem? Me desculpa, eu te amo, por favor, me ligue”.

Durante o julgamento, Soulja Boy negou que a mulher fosse sua funcionária e que, na verdade, havia oferecido a ela um lugar para morar. Em troca, a moça “enrolaria a maconha para ele”. O advogado do rapaz, durante os argumentos finais, contra-argumentou que a mulher, motivada por ciúmes, vingança e ganho financeiro, havia inventado toda a história.