Bradesco: de olho em IA e computação quântica

Inteligência artificial e computação quântica são as principais tecnologias na mira do Bradesco atualmente.

Segundo Renata Petrovic, head de inovação do banco, que participa do South Summit, evento de inovação que acontece nesta semana em Porto Alegre, a tecnologia mais importante e mais dominante é a IA e seus vários pilares.  

“Olhamos muito para tudo que a IA pode fazer, tanto para a experiência do cliente ou para a produtividade, como desenvolvimento de software, atendimento ao cliente, simplificação de processos, apoio para os funcionários simplificarem tarefas. Tem um monte de oportunidades que a gente olha”, exemplifica Petrovic. 

Já a computação quântica é vista pela executiva como uma tecnologia que está começando a florescer um pouco mais agora e a pesquisa sobre o tema cada vez mais tem trazido potenciais oportunidades.

O banco já tem diversas iniciativas voltadas ao assunto, tanto na área de treinamentos e educação quanto em testes e pesquisas sobre o que pode ser feito com a tecnologia. Um ponto levantado pela executiva é a chamada era pós-quântica, quando ela deve impactar a segurança de dados das empresas.

“É um campo que a gente também está investindo em pesquisas e experimentações para garantir que, quando houver uma escala de uso da computação quântica, isso não ponha em risco os nossos sistemas. Porque ela tem o potencial de quebrar as criptografias, que são a proteção dos dados dos clientes”, destaca Petrovic.

A head de inovação responde diretamente ao Chief Information Officer (CIO) do banco (cargo ocupado desde 2022 por Edilson Reis) e lidera uma equipe de cerca de 80 pessoas que atuam nos pilares de inovação aberta, conexão com a estratégia de negócios, pesquisa, provas de conceito com startups, comunicação e aculturamento.

O ecossistema do InovaBra, programa de inovação aberta do banco, conta hoje com 230 startups como membros. Segundo a executiva, a instituição está sempre aberta para novas startups, mantendo um processo contínuo de seleção.

“Essas startups passam por uma curadoria para serem membros do ecossistema. Queremos garantir que elas tenham a maturidade necessária para poder fazer parcerias com o Bradesco e com as empresas que são clientes do banco. Então, as nossas startups já são um pouco mais maduras, estão em estágio de tração, têm produtos validados com clientes, fabricando e com base em tecnologias emergentes”, detalha Petrovic.

Para a head de inovação, o objetivo de participar de eventos como o South Summit, do qual o Bradesco é um dos patrocinadores, é mapear oportunidades, conversar com pessoas e entender o que está acontecendo no mercado.

“Esse evento é muito relevante porque traz startups do mundo inteiro. Para a gente é super importante entender o que elas estão fazendo, quais os problemas que estão resolvendo e se conseguimos trazer isso pra dentro de casa para trabalhar com elas em alguma oportunidade”, conta Petrovic. 

O South Summit foi criado em Madrid, em 2012, e escolheu o Brasil como a sua casa fora da Espanha. A primeira edição aconteceu em Porto Alegre em maio de 2022. Com o sucesso, vieram as sequências em 2023, 2024 e 2025. 

Na edição 2024, a conferência recebeu um público de 23,5 mil pessoas de 55 países, 3 mil startups, 800 speakers, 200 patrocinadores, 130 fundos de investimento, sendo 38 internacionais, e cerca de 900 investidores.

No total, foram movimentados US$ 25 bilhões para investimento disponível para Latam e US$ 213 bilhões de fundos sob gestão. Neste ano, o evento acontece entre os dias 9 e 11 de abril no mesmo endereço de sempre, o Cais Mauá.

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