Prefeito tiktoker é alvo da PF por desvios na saúde

Rodrigo Manga, prefeito de SorocabaReprodução

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido nacionalmente por divulgar vídeos curtos nas redes sociais sobre projetos da cidade, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (10).

Na semana passada, Manga anunciou que pretende concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026, caso o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decida disputar a reeleição em São Paulo.

Portal iG entrou em contato com a defesa do atual prefeito de Sorocaba, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Na mira da PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10/4) a Operação Copia e Cola, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos destinados à saúde.

A investigação teve início no ano de 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba. Também foram identificados atos de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Mais de 100 policiais federais estão dando cumprimento a 28 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional da 3ª Região, nas cidades de Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo e Osasco, todas no estado de São Paulo, além de um mandado de busca e apreensão na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.

Também foi determinado o sequestro de bens e valores em um total de até R$ 20 milhões e a proibição da Organização Social (OS) investigada de contratar com o poder público.

Os investigados poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.

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