Tarifa de Trump pode deixar iPhone até US$ 2.300 mais caro nos EUA

O iPhone pode ficar mais caro nos EUA e chegar a custar até US$ 2.300 com as novas tarifas impostas por Donald Trump, segundo projeções de analistas da Rosenblatt Securities divulgadas pela agência Reuters.

A Apple, que atualmente fabrica 90% de seus iPhones na China, será fortemente impactada pelas novas medidas tarifárias do ex-presidente norte-americano. Trump anunciou uma tarifa de 34% sobre importações vindas do país asiático, o que pressiona diretamente a cadeia de produção da fabricante.

Caso a Apple repasse esse aumento aos consumidores, o impacto poderá ser significativo. Os modelos mais básicos, como o iPhone 16e, podem saltar de US$ 599 para US$ 856. Já o iPhone 16 padrão teria o preço elevado de US$ 799 para US$ 1.142. O topo de linha, iPhone 16 Pro Max, pode atingir o valor recorde de US$ 2.300, contra os atuais US$ 1.599.

Divulgação/Apple

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Impacto das tarifas na produção global da Apple

Além da China, outras bases de produção da Apple também foram afetadas. O Vietnã agora enfrenta uma tarifa de 46%, enquanto a Índia, que tem recebido parte da produção da empresa nos últimos anos, está sujeita a 26%.

Tarifas de Trump podem aumentar custo de fabricar chips nos EUA

Segundo Neil Shah, cofundador da consultoria Counterpoint Research, a Apple precisaria elevar seus preços em cerca de 30% para compensar as novas tarifas de importação. No entanto, isso poderia gerar um efeito colateral: queda na demanda por seus aparelhos.

Samsung pode ganhar espaço com menor impacto tarifário

A concorrente Samsung, que fabrica seus smartphones principalmente na Coreia do Sul, enfrenta uma tarifa menor, de 25%, e pode se beneficiar com a situação. Com preços mais competitivos, a sul-coreana pode conquistar uma parcela dos consumidores que considerarem os novos iPhones caros demais.

Dificuldade para repassar os custos ao consumidor

A Apple ainda não se posicionou oficialmente sobre como pretende lidar com os custos adicionais. No entanto, de acordo com Angelo Zino, analista da CFRA Research, é provável que a empresa repasse no máximo 10% desses custos para os consumidores.

Zino afirma que a Apple deve adiar qualquer aumento expressivo de preços até o lançamento do iPhone 17, previsto para o outono do hemisfério norte, quando tradicionalmente a empresa implementa reajustes planejados. Esse adiamento daria tempo para avaliar o impacto real das tarifas e possíveis reações do mercado.

Sem isenções e com vendas em queda

No primeiro mandato de Trump, a Apple conseguiu isenções para vários produtos, escapando das tarifas mais pesadas. Agora, o cenário é diferente. O ex-presidente ainda não concedeu isenções à Apple, e o ambiente regulatório é mais rígido.

A situação complica-se ainda mais diante do desempenho fraco nas vendas dos novos modelos. Analistas apontam que o Apple Intelligence, conjunto de recursos com inteligência artificial, não empolgou os consumidores, especialmente nos principais mercados da marca: Estados Unidos, China e Europa.

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Mesmo com o anúncio, feito em fevereiro, de que a Apple investirá mais de US$ 500 bilhões e criará 20 mil empregos nos Estados Unidos, ainda não está claro se essas ações serão suficientes para conquistar a simpatia do governo Trump ou amenizar as tarifas.

Atualmente, a Apple vende mais de 220 milhões de iPhones por ano. Um aumento substancial nos preços poderia afetar diretamente esse volume, com reflexos nas receitas e na fidelidade dos consumidores.

Enquanto isso, o mercado acompanha com atenção os próximos movimentos da gigante de Cupertino. Resta saber se a empresa absorverá parte dos custos, buscará novas rotas de produção ou arriscará repassar o aumento total para os consumidores.

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