Amazônia em debate: “Por quem os sinos dobram?”

Economista Mário Ramos Ribeiro:

“A agenda Européia de Politica Climática para a Amazônia vai gerar dois problemas: a piora dos efeitos do clima sobre a vida do homem amazônicoa e um retrocesso econômico de dimensões historicamente inusitadas.

Trata-se do pior desenho de intervenção externa sobre a Região. E tudo isso sem que os Europeus – em especial França, Alemanha, Holanda e Noruega, os mais ativos na elaboração de propostas climáticas para a Região – gastem um único centavo de euro!

O legado desse movimento de asfixia a economia local será o empobrecimento maior da população da Região. Um acintoso experimento social na Amazônia. Uma irresponsabilidade que aumentará a pobreza regional – seja pelo seu fracasso na frente econômica, seja pela sua incapacidade de controlar intertemporalmente o flagelo climático.

A agenda europeia para a Amazônia vai acirrar os conflitos econômicos e sociais locais. Um desastre geopolítico começa a desabar sobre a mais expatriada das Regiões Econômicas do Brasil.

Ao que tudo indica, nossos irmãos do Sudeste consideram irrelevante o valor econômico de quase 60% do território brasileiro – o maior ativo de biodiversidade do planeta, e que abriga uma população de 30 milhões da brasileiros.

Sem a participação desses 30 milhões de brasileiros num Projeto de Integração Econômica da Região ao Brasil a mudança climática chegará bem mais cedo…”

 

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