Após mais de 50 anos de serviço e sem substituto, a Real Força Aérea Britânica desativa seus helicópteros Puma HC2

Após mais de 50 anos em serviço, a Real Força Aérea Britânica desativa seus helicópteros Puma HC2, utilizados em missões de transporte de tropas, evacuação médica e apoio logístico a operações humanitárias. Embora o modelo, adotado pela instituição em 1971, ainda não tenha um substituto definido devido a diversos problemas no programa de helicópteros médios, já está realizando seus voos de despedida sobre diversas localidades do Reino Unido, em um evento que se estenderá até amanhã.

Fazendo um breve resumo sobre essa despedida, a Real Força Aérea Britânica divulgou que disponibilizou um total de três unidades da variante Puma Mk. 2, formando uma esquadrilha denominada Warlock, que decolará da Base Aérea de Benson, em Oxfordshire. Está previsto que os helicópteros sobrevoem diversas bases militares, incluindo Odiham, Middle Wallop, Boscombe Down, Hereford e Shawbury, entre muitas outras. O fim do percurso será na já mencionada Base de Benson.

Sobre essa operação, Nick Monaghan, comandante da Força Puma, declarou: “É um plano bastante complexo. Há cerca de dois meses, um membro da equipe está trabalhando nisso. Estamos analisando as diferentes formas de alcançar tudo o que queríamos e visitar todos os locais importantes para o Puma, incluindo a Irlanda do Norte, onde operamos por mais de 37 anos. E agora, obviamente, também realizaremos reabastecimentos em diversos pontos, mas esperamos ter elaborado um plano realmente bom.”

Além disso, está previsto que voos semelhantes sejam realizados no Chipre, onde até o momento havia helicópteros Super Puma em operação. Neste caso, a Real Força Aérea já decidiu que essas aeronaves serão substituídas pelo modelo Júpiter, decisão que também se aplica ao deslocamento em Brunei.

Dessa forma, Londres espera conseguir uma economia de cerca de 500 milhões de libras ao longo dos próximos cinco anos, liberando fundos importantes para avançar em diversos programas de modernização das Forças Armadas Britânicas, afetados pelos sucessivos cortes no orçamento. Além disso, busca-se aprender com as lições dos combates na Ucrânia. Nessa linha, vale lembrar que o governo britânico apresentou recentemente um novo plano de mais de 2,2 bilhões de libras para fortalecer as capacidades da indústria de defesa nacional, setor que atualmente é considerado “quebrado”.

Por fim, voltando à questão do problemático programa de helicópteros médios do Reino Unido, é importante lembrar que o Ministério da Defesa Britânico espera selecionar até o final do ano o novo modelo que equipará as Forças Armadas do país no futuro. Trata-se de um projeto de grande relevância, não apenas pelo investimento de mais de 1,2 bilhão de dólares, mas também por ser responsável pela substituição dos helicópteros Puma, Bell 212 e Eurocopter AS365 Dauphin II. Como informamos em fevereiro, o único concorrente atualmente na disputa é o AW149 da Leonardo, já que o H145 da Airbus e o Black Hawk da Lockheed Martin foram retirados da competição meses atrás.

Imagens meramente ilustrativas.

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