Acusados de matar homens e enrolar corpos em lonas são condenados a quase 100 anos em SC

Três pessoas foram condenadas por matar dois homens e enrolar seus corpos em lonas em Itapoá, no Norte catarinense. O crime, que aconteceu em 25 de abril de 2024, foi motivado por uma suspeita de furto de um celular, conforme investigação.

Acusados de matar homens e enrolar corpos em lonas são condenados a quase 100 anos em SC

Acusados de matar homens e enrolar corpos em lonas são condenados a quase 100 anos em SC – Foto: Reprodução/Google Maps/PCSC/ND

Após decisão do Tribunal do Júri da Comarca de Itapoá, os três réus – dois homens e uma mulher – foram condenados a quase 100 anos de prisão em regime fechado pelo crime.

Um dos réus foi considerado culpado por um homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima -, um homicídio duplamente qualificado – mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução e a impunidade de outro crime -, uma tentativa de homicídio e pelo crime conexo de corrupção de menor.

A ré também foi sentenciada por dois homicídios consumados – um duplamente e o outro triplamente qualificado – e pelo crime conexo de corrupção de menor.

Já o terceiro condenado foi considerado culpado por homicídio duplamente qualificado – recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas e para assegurar a execução e a impunidade do crime de uma das vítimas.

O primeiro réu foi condenado à pena de 47 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, a segunda ré à pena de 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão, e o terceiro réu à pena de 14 anos de reclusão.

Os condenados não terão o direito de recorrer em liberdade, pois responderam ao processo presos. Além disso, a Justiça manteve a prisão preventiva dos réus devido à necessidade de resguardar a ordem pública.

Relembre crime dos corpos em lonas

Segundo a ação penal, duas das vítimas encontraram a outra e lhe informaram que um dos acusados queria falar com ele. Juntas, foram até uma oficina mecânica do município.

Chegando no local, a vítima suspeita pelo furto do celular foi trancada dentro da oficina e agredida. Durante as agressões, os outros dois acusados iniciaram uma discussão com as outras vítimas, momento em que houve um ataque com uma marreta na cabeça de uma delas, além de mais duas facadas que culminaram na morte.

A outra vítima tentou fugir, mas foi alcançada, esfaqueada e também acabou morrendo. Os condenados enrolaram os corpos em lonas azuis e os colocaram dentro do porta-malas de um carro.

Eles ainda obrigaram a terceira vítima – suspeita do furto do celular – a ajudar os condenados e acompanhá-los no automóvel. Foi então que a última vítima conseguiu fugir com vida.

Os réus abandonaram os corpos enrolados em lonas na Estrada Cornelsen. Os cadáveres foram encontrados apenas no dia 26 de abril do mesmo ano, por volta das 2h30.

De acordo com a decisão, o motivo do crime teria sido a suspeita de que uma das vítimas havia furtado um celular de propriedade da família enquanto prestava serviços na oficina mecânica de um dos réus e, devido a isso, passaram a procurá-lo por Itapoá.

A promotora de Justiça Lanna Gabriela Bruning Simoni sustentou que os réus agiram de forma premeditada e cruel, utilizando de meios que dificultaram a defesa das vítimas. “Um dos homens foi golpeado na cabeça com uma marreta e esfaqueado, enquanto outro foi esfaqueado ao tentar fugir do local dos fatos. Já a vítima sobrevivente conseguiu escapar após ser coagida a ajudar a esconder os corpos das vítimas.”

Ela apontou ainda que “além dos homicídios, os réus também foram acusados pela prática do crime de corrupção de menor, pois praticaram os delitos na companhia de um adolescente, de 15 anos de idade”.

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