Falta de chuvas faz 26 municípios de SC declararem emergência

Nos últimos meses, a estiagem tem causado sérios prejuízos no Oeste Catarinense, afetando principalmente a agricultura e o abastecimento de água nas áreas mais afetadas. O estado já conta com 26 municípios, principalmente do grande oeste, como Chapecó, Seara e Xavantina, que decretaram situação de emergência devido à falta de chuvas. O município de Guatambu foi o mais recente a adotar o decreto, afetando mais de 8 mil moradores, com destaque para os agricultores.

A situação tem gerado prejuízos estimados em 32 milhões de reais. O cenário já vinha sendo problemático nos últimos meses, com chuvas abaixo da média. Como explica o assessor técnico em Hidrologia da Defesa Civil de Santa Catarina, Dieyson Pelinson, a estiagem tem afetado tanto a agricultura quanto o abastecimento público de água: “Nos últimos meses, tivemos muitos temporais, com chuvas volumosas, mas localizadas e de curto espaço de tempo. Isso não auxilia na agricultura, e a diminuição do nível freático afeta o abastecimento público, principalmente nas áreas rurais, que dependem de poços artesianos.”

De acordo com Pelinson, os prejuízos para a cadeia agrícola, principalmente no Grande Oeste, têm sido intensos nos últimos quatro anos. O gerente regional da Epagri de São Miguel do Oeste, Sidinei Egon Simon, detalha que a situação tem gerado grandes desafios para os agricultores, que enfrentam dificuldades até mesmo para o abastecimento de água em suas propriedades. “Os prejuízos no setor agropecuário têm sido significativos. Muitas prefeituras têm tido dificuldades em transportar água para os agricultores, que precisam abastecer suas casas e os empreendimentos agropecuários, especialmente a pecuária leiteira, que tem sido bastante afetada”, ressalta Simon.

A previsão para os próximos meses não traz um cenário otimista. Segundo Pelinson, o outono e o inverno, épocas que normalmente têm chuvas menos volumosas, devem continuar dentro da média ou um pouco abaixo da normalidade. “Essa previsão não traz uma perspectiva de melhora a curto prazo para a estiagem”, destaca o hidrólogo.

Diante dessa realidade, uma dica simples, mas essencial, é a economia de água tanto nas propriedades rurais quanto nas residências urbanas. A conscientização e o uso racional dos recursos hídricos são fundamentais para amenizar os impactos da estiagem enquanto o estado continua a enfrentar esse desafio climático.

 

*Com informações Acaert

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