Multinacional de SC que fechou caixa com R$ 1,4 bilhão confirma novo presidente; veja quem

A Tupy, multinacional com sede em Joinville (SC), confirmou a nomeação do economista Rafael Lucchesi Ramacciotti como novo diretor-presidente da companhia. Ele assume o cargo em 30 de abril, substituindo Fernando Cestari de Rizzo.

Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI - Diego Campos/CNI/ND

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Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI – Diego Campos/CNI/ND

Fernando Cestari de Rizzo, presidente da Tupy e diretor de Relações com Investidores - Tupy/Divulgação/ND

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Fernando Cestari de Rizzo, presidente da Tupy e diretor de Relações com Investidores – Tupy/Divulgação/ND

Quem é Rafael Lucchesi?

Lucchesi tem extensa experiência em liderança industrial e inovação. Ocupou posições estratégicas na CNI (Confederação Nacional da Indústria) e no Sesi (Serviço Social da Indústria) e presidiu o Conselho de Administração do BNDES. Também integrou órgãos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial e o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

Em nota, a Tupy destacou que a escolha reforça sua estratégia de inovação e crescimento global. A empresa também agradeceu Rizzo pela gestão e pelas transformações promovidas nos últimos anos.

A troca de comando ocorre em um momento positivo para a companhia. Em 2024, a Tupy registrou a maior geração de caixa de sua história: R$ 1,4 bilhão. O EBITDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado chegou a R$ 1,3 bilhão, com crescimento de 2% na comparação anual e margem de 12,1%.

Multinacional de SC que fechou caixa com R$ 1,4 bilhão confirma novo presidente

Metalúrgica Tupy tem sede em Joinville – Foto: Tupy/Divulgação/ND

Ano desafiador para metalúrgica

Apesar disso, em 2024, a Tupy atingiu receita líquida de R$ 10,7 bilhões, queda de 6% em relação ao ano anterior, impactada pela retração de volumes. No entanto, ganhos de eficiência operacional, a valorização do dólar e o crescimento de cerca de 20% na receita da MWM contribuíram para minimizar essa redução. O lucro líquido do período foi de R$ 82 milhões.

Durante o último ano, a Tupy ainda obteve avanços na gestão dos negócios e fortaleceu as operações, aproveitando oportunidades de eficiência para um crescimento sustentável. A conclusão do projeto está prevista para o final de 2025, com a concentração da produção em ativos mais eficientes, o que deve resultar em uma redução de custos superior a R$ 150 milhões anuais.

Planos futuros

A partir do segundo semestre de 2025, a Tupy espera uma recuperação nas vendas, impulsionada pelo crescimento econômico, reposição de frota, melhora nos indicadores setoriais e expectativa de pre-buy diante da nova regulação de emissões nos Estados Unidos, em 2027.

Além disso, novos produtos, mais complexos e com margens atrativas, incluindo serviços de alto valor agregado, entrarão em produção. Com os investimentos já realizados, os projetos começarão a gerar receita ainda em 2025.

Recentemente, a companhia fechou dois novos contratos com duas montadoras de caminhões para o desenvolvimento e produção de componentes estruturais de veículos extrapesados. Esses acordos irão gerar receitas adicionais de R$ 250 milhões por ano.

Em um dos contratos, a Tupy será responsável pela fabricação, usinagem e pré-montagem de cabeçote de motor, com entregas a partir de 2027. No outro projeto, que terá início em 2028, a Tupy fabricará o bloco de motor que será utilizado nas gerações futuras de motores desta montadora, a plataforma de motor mais vendida do mundo para caminhões pesados.

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