Morte de bebê de 3 meses será investigada por necropsia; ele havia sido medicado horas antes

Na manhã de hoje (13), a reportagem do Portal Alegrete Tudo (PAT) foi até a Delegacia de Polícia de Alegrete a pedido de Jessica Rodrigues, de 27 anos, que registrou o óbito de seu filho Raul Rodrigues de Freitas, de três meses. A mãe, acompanhada da madrinha do bebê, Jessi da Rosa, solicitou que uma necropsia seja realizada para esclarecer as circunstâncias da morte do filho. Raul, que nasceu em 19 de julho de 2024, havia completado três meses e 24 dias.

Segundo Jessica, o bebê começou a apresentar febre na tarde da última segunda-feira, 11 de novembro. Ao perceber o aumento da temperatura durante a madrugada, ela o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi atendido pelo médico de plantão. Conforme relatado, o bebê foi examinado, medicado, e recebeu uma receita para continuar o tratamento em casa após a febre diminuir.

Na terça-feira, contudo, a febre voltou a subir, alcançando quase 39°C. Preocupada, Jessica retornou à UPA por volta das 21h50, onde Raul foi novamente examinado e recebeu nova prescrição, além de uma medicação ministrada pela equipe. Entre os medicamentos receitados estavam Predsin, Allegra e Aturgyl. No entanto, ao passar pela farmácia, Jessica ouviu das atendentes que Aturgyl talvez não fosse recomendável para bebês. Optou, então, por substituir o Aturgyl por Salsep antes de administrar o medicamento em Raul. Ela pontua que o filho já havia feito outras medicações, como Paracetamol, Dipirona, assim como, nebulização com soro fisiológico.

Após dar a medicação ao filho, Jessica relata que Raul adormeceu na madrugada e ela também descansou. Nesta manhã, por volta das 7h , ao perceber que o bebê ainda estava dormindo e parecia frio, ela tentou contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas, devido a problemas nas linhas, uma instabilidade em todo Estado, não conseguiu ligação. Desta forma, acionou a Brigada Militar, que enviou uma viatura até sua residência, localizada no bairro Ibirapuitã. Jessica e Raul foram então rapidamente conduzidos à Santa Casa, onde os procedimentos de reanimação padrão foram realizados, mas o bebê não respondeu, e o óbito foi confirmado.

Na delegacia, Jessica e Jessi destacaram a importância de entender o que pode ter ocorrido. Segundo a mãe, a gestação de Raul foi tranquila e, até então, ele era um bebê saudável, sem problemas prévios. Diante do pedido de necropsia e do relato da mãe, a delegada Fernanda Mendonça solicitou a realização dos procedimentos necessários. O laudo deverá apontar a causa da morte de Raul, pois, quando não há sinais de violência, o padrão é que seja atestado como morte natural.

Raul era o segundo filho de Jessica e de Fabrício Santos Severo, e tinha um irmão mais velho, Gael, de três anos.

Em contato com o coordenador médico da UPA, Dr. Dion Lenon, ele informou que já estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para esclarecer o atendimento ao bebê e realizar os procedimentos necessários. Dr. Dion destaca que ele próprio foi o responsável pelo atendimento a Raul nesta manhã e, conforme os prontuários até o momento, não havia nenhum indicativo de gravidade, apenas sintomas gripais. Ele ressalta, contudo, que isso é o que consta nos registros médicos. O médico enfatiza a importância de realizar uma necropsia para que não restem dúvidas sobre a possibilidade de negligência. “Fica nossa solidariedade à família neste momento difícil”- conclui.

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