Indígenas são indiciados por matar dois garimpeiros a tiros no Amajari, região Norte


Investigados estão respondendo em liberdade. Crime foi investigado pela Polícia Civil de Amajari. Polícia Civil indiciou suspeitos de homicídio e tentativa de homicídio no Amajari
Polícia Civil/Divulgação
Dois indígenas, de 20 e 36 anos, foram indiciados por matar a tiros os garimpeiros Jeferson Marcelo Alves de Souza e Tiago da Silva Nascimento. Os assassinatos foram na região do garimpo do Santa Rosa, no município do Amajari, ao Norte de Roraima, área que dá acesso à Terra Indígena Yanomami.
🔎 O que é indiciar? É um procedimento que ocorre quando a polícia, com base na investigação, conclui que há indícios de crime e associa a uma pessoa. Depois disso, o caso vai ao Ministério Público, que envia à Justiça.
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Os indígenas indiciados são do povo Xiriana, um dos que vivem na Terra Yanomami. Eles respondem ao processo em liberdade. Além do duplo homicídio, eles também são suspeitos de tentar matar um terceiro garimpeiro. O caso foi investigado pela Delegacia de Pacaraima. Os crimes foram em setembro de 2024.
O delegado do caso Valdir Tomasi Rosa informou que a motivação dos assassinatos não ficaram claros ao longo da investigação. “Porém é possível deduzir dos elementos informativos colhidos que os indígenas se sentiram ameaçados com a presença dos garimpeiros armados e resolveram atacá-los”, disse Rosa.
Ao longo das investigações, Tiago, Jeferson e o outro garimpeiro tinham ido para a região com a intenção de voltar no mesmo dia. No entanto, não deram notícias. Dias depois, familiares deles souberam que havia ocorrido um tiroteio às margens do rio onde eles estavam.
Os corpos foram encontrados na região da Ilha de Maracá, no rio Santa Rosa. Os dois indígenas foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado pela emboscada e tentativa de homicídio contra o que sobreviveu.
“Encerramos as investigações na Polícia Civil, com o indiciamento dos autores do crime. Para a Polícia Civil, o caso foi esclarecido e encerrado, seguindo agora para a Justiça”, disse.
O inquérito foi encaminhado para apreciação e deliberação do Ministério Público de Roraima.
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