Prefeitura de Itaquaquecetuba cancela concurso de admissão de professores

Processo seletivo foi alvo de diversas reclamações de pessoas que fizeram a prova e alegaram ter havido fraude. Segundo a administração, empresa organizadora vai devolver o valor da taxa de inscrição. A Prefeitura de Itaquaquecetuba cancelou o concurso de admissão de professores para a rede municipal de ensino.
O concurso foi alvo de diversas reclamações de pessoas que fizeram a prova e alegaram ter havido fraude no processo.
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Segundo a Prefeitura, a decisão considerou as centenas de recursos interpostos acerca de apontamentos de irregularidades e o fato do processo não ter sido finalizado, estando ainda em fase classificatória. Em um vídeo, o prefeito Eduardo Boigues se manifestou nas redes sociais e informou sobre a decisão.
Além da anulação, foi instaurada uma sindicância para apurar as respectivas responsabilidades. De acordo com a Prefeitura, a empresa organizadora do concurso fica obrigada a devolver todas as taxas de inscrições.
A Prefeitura informou ainda que foi autorizada a abertura do processo para contratação de uma nova empresa para a realização de um novo concurso. “Vale destacar que a prefeitura está comprometida em resolver a questão para que os futuros professores sejam escolhidos com total imparcialidade.”
Suspeita
Segundo os candidatos, a maioria dos habilitados na lista de classificação que tiveram entre 96 e 98 pontos para as vagas de professor infantil e ficaram até a 150ª posição, trabalham como funcionários comissionados na Prefeitura e teriam seus contratos encerrados em abril de 2025.
Eles usaram as redes sociais para se manifestar, além de fazer denúncias ao Ministério Público. Em resposta ao g1, o órgão disse que recebeu 50 representações sobre o assunto e que elas ainda não foram analisadas pela promotoria.
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Carla*, nome fictício que de uma candidata que prefere não ser identificada, participou do concurso e explicou que os nomes dos habilitados que aparecem na lista também constam no portal da transparência do município como sendo funcionários comissionados da Prefeitura.
No dia seguinte da publicação da lista de classificação e quando as denúncias começaram a aparecer, o site da Prefeitura saiu do ar.
Manuela*, nome fictício de outra candidata que também prefere não ser identificada, trabalha como professora concursada em outra prefeitura da região. Ela participou do concurso, ficou entre os habilitados, mas no final da classificação.
“Me dediquei tanto para esse concurso. Acertei 80% da prova, 40 questões. Mais da metade não entrou na lista de classificação […] esses comissionados trabalham como assistente, diretor e coordenador nas escolas”, relatou.
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