Gabriel Monteiro deixa a prisão abraçado pelos pais; vídeo

O ex-vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, na noite desta sexta-feira (14). Ao sair, foi recebido com um abraço pelos pais, que agradeceram pela liberdade do filho.

Monteiro estava preso desde novembro de 2022 e teve o mandato cassado. Ele foi solto por decisão da 34ª Vara Criminal do Rio, que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares. Entre as determinações judiciais, ele deve usar tornozeleira eletrônica, não pode deixar a cidade e está proibido de manter contato com a vítima.

Ao ser questionado sobre o futuro, Monteiro declarou: ”Deus está fazendo justiça por mim”. Diversas pessoas ficaram do lado de fora do presídio aguardando pelo ex-vereador. 

A acusação contra o ex-vereador foi apresentada pelo Ministério Público do Rio à Justiça em 2022. Segundo a denúncia, uma mulher de 22 anos afirmou que Monteiro a forçou a manter relações sexuais sob ameaça de arma. O processo corre em segredo de Justiça.

Após a liberação, ele apareceu em uma foto publicada pela esposa, Ana Carolina dos Santos Chagas. Na postagem, ela escreveu: “Meu marido, meu amigo, meu companheiro, meu anjo”. Os dois oficializaram a união enquanto Monteiro estava preso, em maio de 2023.

A decisão que permitiu sua soltura foi tomada pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou, por unanimidade, o recurso da defesa para substituir a prisão por medidas restritivas. Monteiro tem cinco dias para se apresentar à Justiça e colocar a tornozeleira eletrônica.

Atuação política

Monteiro foi eleito vereador do Rio em 2020 pelo PSD, posteriormente migrando para o PL. Durante o mandato, realizou ações que geraram polêmica, como invasões a prédios públicos sob a justificativa de fiscalizar serviços. Parte desse conteúdo era divulgado em vídeos monetizados nas redes sociais, com estimativa de faturamento de cerca de R$ 300 mil por mês.

Em agosto de 2022, teve o mandato cassado pela Câmara Municipal por quebra de decoro parlamentar.