Ex-funcionário de Eminem é preso acusado de roubar músicas inéditas do rapper e vendê-las por até R$ 284 mil

O FBI prendeu um ex-funcionário do rapper Eminem que roubou, vendeu e publicou cerca de 25 músicas do artista sem o seu consentimento, chegando a lucrar mais de R$ 284 mil de um único fã que se dispôs a comprar o conteúdo inédito de seu ídolo.

O ex-engenheiro de estúdio de Eminem Joseph Strange recebeu as acusações da justiça federal, que aponta como vítimas Marshall Bruce Mathers III (o verdadeiro nome do rapper) e o Interscope Capital Labels Group, grupo proprietário das músicas de Eminem.

As canções estavam armazenadas em discos rígidos protegidos por senha mantidos em um cofre no estúdio de Eminem em Ferndale, um subúrbio de Detroit, de acordo com um depoimento do FBI.

Joseph Strange agora responde por violação de direitos autorais e transporte interestadual de bens roubados, informou Julie Beck, a procuradora-geral dos EUA em Detroit. Strange foi demitido dos estúdios de Eminem em 2021 e, caso condenado, pode pegar até 15 anos de prisão.

Funcionários do estúdio relataram o roubo ao FBI em janeiro, dizendo que músicas inéditas que ainda estavam em desenvolvimento estavam sendo tocadas em vários sites, incluindo Reddit e YouTube. A investigação encontrou compradores depois que Fred Nassar, sócio de Eminem, compartilhou um alerta nas redes pedindo para que os fãs do rapper não distribuissem o conteúdo.

Um fã canadense informou aos investigadores que comprou todas as 25 músicas roubadas por US$ 50 mil (cerca de R$ 284 mil) pagos em criptomoedas. O dinheiro foi levantado em uma vaquinha realizada entre fãs do artista.

Uma busca do FBI na casa de Strange revelou várias páginas com letras e notas manuscritas de Eminem, uma fita VHS de um vídeo inédito de Eminem e discos rígidos com 12.000 arquivos de áudio. Alguns dos arquivos continham músicas em vários estágios de desenvolvimento de Eminem e artistas não identificados trabalhando com ele, de acordo com o depoimento.

 
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