Segurança pública e suas implicações na hora de votar

Por Nuno Vasconcellos:

Num cenário em que os criminosos estão sempre na dianteira, a situação parece conspirar contra o sucesso do combate à criminalidade.

O país tem uma legislação permissiva e conta com um aparato judicial que parece ter como principal função impedir que os criminosos paguem pelos seus atos.

Há casos escandalosos de corrupção dentro das próprias polícias e do próprio Judiciário.

Isso sem falar da ação de ONGs organizadas e barulhentas, que, a pretexto de defender os “direitos humanos” na verdade lutam pelo “direito” dos criminosos continuarem roubando, assaltando, assassinando e cometendo toda espécie de barbaridades.

A soma de tudo isso fez da sociedade — que, por definição, deveria ser protegida pelo Estado — uma vítima mais do que indefesa, conformada diante dos criminosos.

Isso mesmo! O anúncio feito pelo secretário Felipe Curi de que o uso de tornozeleira eletrônica por um bandido como Maurício Bandeira Lage não é suficiente para impedir que ele siga aumentando sua ficha policial deveria causar indignação nas pessoas.

Mas ninguém ficará espantado se souber que, mesmo representando perigo para a sociedade, ele saiu pela porta da frente da penitenciária e passou a ser tratado como se fosse vítima de perseguição.

Essa tem sido a realidade até aqui. A questão é que, por mais que situações como essa venham se tornado rotineiras no universo policial e jurídico do país, a sociedade começa a dar sinais de que está chegando ao limite de sua paciência. Isso mesmo.

Ainda que o silêncio da sociedade em relação ao tratamento frouxo dado ao crime possa ser considerado uma demonstração de impotência eu de conformismo diante de uma guerra que parece perdida, ele pode ser interpretado de outra maneira.

O silêncio pode ser interpretado como uma cobrança para que os governantes que coloquem a Segurança Pública no topo de suas preocupações.

É bom lembrar que, no próximo ano, o Brasil irá às urnas para escolher o presidente da República, os governadores dos estados, um terço dos senadores, os deputados federais e os deputados estaduais.

Quem pretende disputar o pleito deve ter estar atento para o fato de que a Segurança Pública vem ocupando uma posição cada vez mais destacada entre os critérios de definição de voto do eleitor…”

 

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