Conheça os 7 drones de combate mais usados no mundo

Você não ouve o zumbido. Não há aviso. O céu parece o mesmo de sempre, mas, em algum lugar, um par de asas de fibra de carbono corta o vento, invisível, predador. E, quando se percebe, já é tarde demais.

A guerra mudou para sempre. O campo de batalha não tem mais trincheiras, fumaça de pólvora e cavalaria correndo para a glória. Hoje, um piloto sentado a milhares de quilômetros de distância pode decidir o destino de uma cidade com um clique. Drones de combate patrulham os céus, frios, eficientes, precisos.

As máquinas voam com nomes que ecoam em conflitos ao redor do mundo. MQ-9 Reaper, Bayraktar TB2, Shahed-136, Wing Loong II… Pequenos assassinos ou sentinelas eletrônicas, eles espreitam do alto, transformando alvos em crateras antes que qualquer defesa possa reagir.

Países que operam drones de combate

A guerra moderna não levanta bandeiras tremulando no vento. Ela tem circuitos, inteligência artificial e asas silenciosas cortando o céu. Quase 60 países já incorporaram drones de combate às suas forças armadas, ampliando sua letalidade sem precisar expor um único soldado ao fogo inimigo.

Os maiores fabricantes? Estados Unidos, China, Turquia e Irã. Esses quatro dominam o mercado global, abastecendo aliados e expandindo sua influência por meio da tecnologia.

Afinal, quer um exército mais letal sem gastar bilhões em caças tripulados? Compre um esquadrão de drones. Foi assim que países como Emirados Árabes Unidos, Egito, Paquistão, Azerbaijão e Ucrânia entraram na era dos combates aéreos não tripulados.

A Turquia emergiu como um player agressivo. Seu Bayraktar TB2 ganhou fama ao ajudar a Ucrânia a conter as investidas russas. O Irã, por sua vez, fornece seus drones Shahed-136 e Mohajer-6 à Rússia e a grupos aliados no Oriente Médio. Enquanto isso, China e Estados Unidos exportam tecnologia para aliados estratégicos, armando arsenais ao redor do mundo.

Mas nem todos pilotam seus próprios drones. Há países que apenas “hospedam” essas aeronaves. A Líbia abriga drones turcos em bases militares locais, enquanto o Kuwait e o Iraque possuem unidades do MQ-9 Reaper operadas pelos Estados Unidos.

E o Brasil? Nenhum drone de ataque. Apenas veículos de monitoramento, como o RQ-450 Hermes e o FT-100, usados para vigilância de fronteiras e operações policiais. No campo da guerra aérea não tripulada, o país segue como espectador.

A seguir, conheça os sete drones de combate mais utilizados no mundo em ordem de estreia dos campos de batalha!

1. Drone MQ-9 Reaper

  • País de origem: Estados Unidos
  • Ano de início de operação: 2007
  • Países que utilizam: 🇺🇸 EUA, 🇬🇧 Reino Unido, 🇫🇷 França, 🇮🇹 Itália, 🇳🇱 Holanda, 🇵🇱 Polônia, 🇪🇸 Espanha, 🇮🇳 Índia. Também presente em bases militares dos EUA em 🇵🇱 Polônia, 🇰🇼 Kuwait, 🇮🇶 Iraque, 🇯🇴 Jordânia, 🇩🇯 Djibouti, 🇳🇪 Níger e 🇯🇵 Japão.
Reprodução/Wikimedia Commons

O MQ-9 Reaper, fabricado pela General Atomics, é um caçador-predador que sobrevoa o campo de batalha por mais de 27 horas, observando cada movimento abaixo antes de decidir qual alvo merece desaparecer primeiro.

Ele não precisa ser rápido. Nem furtivo. Diferente de drones kamikazes como o Shahed-136, que são descartáveis, o Reaper é reutilizável e controlado remotamente por uma tripulação da Força Aérea dos EUA a milhares de quilômetros de distância.

Equipado com mísseis Hellfire, bombas guiadas e sensores de última geração, ele pode eliminar veículos blindados, terroristas escondidos em cavernas ou embarcações em pleno mar com precisão cirúrgica.

O Reaper ganhou notoriedade em 2020, quando foi utilizado no ataque aéreo que matou Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Desde então, continua sendo uma das armas favoritas dos EUA para operações contra alvos estratégicos no Oriente Médio, África e Ásia. Seu desempenho é tão confiável que países como Reino Unido, França e Índia também incorporaram a máquina em suas frotas.

Especificações técnicas do MQ-9 Reaper

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões 11 m de comprimento, 20 m de envergadura
⚖️ Peso 2.223 kg (vazio), 4.760 kg máximo de decolagem
🛫 Alcance 1.850 km (até 2.590 km na versão ER)
⚡ Velocidade máxima 444 km/h
🎯 Armamento Até 8 mísseis AGM-114 Hellfire, bombas guiadas GBU-12 Paveway II e GBU-38 JDAM
🔥 Poder de combate Ataques de precisão, vigilância e suporte aéreo
🛸 Outros Pode operar a mais de 15 km de altitude, acima da maioria das aeronaves comerciais

🔍 Curiosidade do MQ-9 Reaper

O MQ-9 Reaper tem um custo de US$ 32 milhões por unidade, mas sai muito mais barato que um caça tripulado. Ele é tão eficiente que em 2023 um Reaper sozinho destruiu um comboio inteiro de blindados russos na Ucrânia, demonstrando que drones já rivalizam com aviões de combate tradicionais.


2. Drone IAI Heron TP (Eitan)

  • País de origem: Israel
  • Ano de início de operação: 2009
  • Países que utilizam: 🇮🇱 Israel, 🇩🇪 Alemanha, possivelmente 🇮🇳 Índia
Reprodução/Wikimedia Commons

No céu, ele não faz barulho. Não emite calor suficiente para acionar sensores infravermelhos. O IAI Heron TP, conhecido em Israel como Eitan, não tem pressa. Ele pode pairar sobre o campo de batalha por mais de 30 horas, observando, coletando inteligência, aguardando o momento exato para agir.

Este drone de fabricação israelense não é um predador impaciente. Seu diferencial não está na força bruta, mas na persistência. Enquanto outros drones têm autonomia limitada, o Heron TP cruza continentes sem precisar de reabastecimento, monitorando alvos a milhares de quilômetros de sua base.

Oficialmente, Israel não comenta sobre sua capacidade ofensiva. Extraoficialmente, é um dos UAVs mais avançados do mundo, capaz de lançar mísseis e bombas guiadas com precisão cirúrgica.

A Força Aérea Israelense o utiliza para missões de reconhecimento estratégico, patrulha de fronteiras e, segundo especulações, ataques a alvos de alto valor. A Alemanha alugou unidades do Heron TP para reforçar suas operações no Afeganistão, enquanto a Índia manifestou interesse no modelo para equipar suas forças. Se há um drone que pode vigiar sem ser visto, é esse.

Especificações técnicas do IAI Heron TP (Eitan)

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões 14 m de comprimento, 26 m de envergadura
⚖️ Peso 2.700 kg (vazio), ~5.000 kg máximo de decolagem
🛫 Alcance 7.400 km (controle via satélite)
⚡ Velocidade máxima 407 km/h
🎯 Armamento (Não confirmado oficialmente, mas pode carregar bombas e mísseis guiados)
🔥 Poder de combate Vigilância estratégica, reconhecimento de longo alcance e, possivelmente, ataques cirúrgicos
🛸 Outros Opera em altitudes de até 14 km, sendo extremamente difícil de detectar

🔍 Curiosidade do IAI Heron TP (Eitan)

O Heron TP é frequentemente comparado ao MQ-9 Reaper dos EUA, mas sua autonomia e altitude de operação são superiores. Em 2018, foi anunciado que a Alemanha treinaria pilotos em Israel para operar sua frota do Heron TP.


3. Drone Caihong (CH-4B / CH-5)

  • País de origem: China
  • Ano de início de operação: 2014 (CH-4B), 2017 (CH-5)
  • Países que utilizam o CH-4B: 🇨🇳 China, 🇮🇶 Iraque, 🇸🇦 Arábia Saudita, 🇪🇬 Egito, 🇯🇴 Jordânia, 🇩🇿 Argélia, 🇳🇬 Nigéria, 🇵🇰 Paquistão, 🇲🇲 Mianmar, 🇮🇩 Indonésia, 🇸🇩 Sudão, 🇦🇪 Emirados Árabes Unidos
  • Países que utilizam o CH-5: 🇨🇳 China, 🇮🇶 Iraque, 🇪🇬 Egito (possível operador), 🇸🇦 Arábia Saudita (possível operador)
Reprodução/Asian Military Review

A China não estava disposta a ficar para trás na corrida dos drones de combate. Quando percebeu que os Estados Unidos vendiam o MQ-9 Reaper apenas para aliados estratégicos, criou sua própria resposta: o Caihong, ou simplesmente CH (Arco-Íris em mandarim).

O CH-4B é a versão chinesa mais próxima do Reaper. Parece idêntico, mas custa muito menos. Foi projetado para realizar missões de reconhecimento e ataque, podendo disparar até seis mísseis em uma única incursão. Seu modelo mais avançado, o CH-5, consegue carregar até o dobro da carga bélica e voar por mais de 30 horas seguidas.

Desde seu lançamento, o CH-4B caiu nas graças do Oriente Médio e da África. O Iraque usou essas máquinas para eliminar insurgentes do Estado Islâmico, enquanto a Arábia Saudita os empregou em ataques no Iêmen.

Apesar de serem menos sofisticados que os drones ocidentais, seu baixo custo e ampla disponibilidade fizeram do CH uma opção viável para países que querem poder aéreo sem gastar bilhões em tecnologia americana ou europeia.

Especificações técnicas do Caihong (CH-4B / CH-5)

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões CH-4B: 8,5 m de comprimento, 18 m de envergadura / CH-5: 11 m de comprimento, 21 m de envergadura
⚖️ Peso CH-4B: ~1.300 kg (máximo de decolagem) / CH-5: ~3.300 kg
🛫 Alcance CH-4B: 5.000 km / CH-5: ~10.000 km
⚡ Velocidade máxima CH-4B: ~235 km/h / CH-5: ~435 km/h
🎯 Armamento Até 6 mísseis no CH-4B, até 16 no CH-5
🔥 Poder de combate Ataques de precisão e vigilância de longa duração
🛸 Outros Controle via satélite, podendo ser operado remotamente de qualquer lugar

🔍 Curiosidade do Caihong (CH-4B / CH-5)

O CH-5 é frequentemente chamado de “Reaper chinês” devido às suas semelhanças com o MQ-9, mas com preço até 50% menor, o que tem atraído países que buscam alternativas econômicas aos drones ocidentais.


4. Drone Bayraktar TB2

  • País de origem: Turquia
  • Ano de início de operação: 2014
  • Países que utilizam: 🇹🇷 Turquia, 🇵🇱 Polônia, 🇷🇸 Sérvia, 🇦🇿 Azerbaijão, 🇰🇬 Quirguistão, 🇹🇲 Turcomenistão, 🇺🇦 Ucrânia, 🇺🇿 Uzbequistão, 🇵🇰 Paquistão, 🇱🇾 Líbia (base turca), 🇲🇦 Marrocos, 🇶🇦 Catar, 🇦🇪 Emirados Árabes Unidos, 🇧🇫 Burkina Faso, 🇩🇯 Djibouti, 🇪🇹 Etiópia, 🇲🇱 Mali, 🇹🇬 Togo
Reprodução/Wikimedia Commons

Nenhuma tecnologia de ponta. Só eficiência bruta. Mas mudou o curso de guerras inteiras. O Bayraktar TB2, fabricado pela empresa turca Baykar, se tornou um dos drones mais populares do planeta por um motivo simples: é eficiente e barato.

A Turquia começou a investir pesado na sua indústria de drones quando os Estados Unidos negaram a venda do MQ-9 Reaper. O resultado foi um UAV leve, acessível e capaz de operar em condições difíceis.

Sua primeira grande exibição aconteceu em 2020, na guerra entre Azerbaijão e Armênia, quando os TB2 destruíram dezenas de blindados e sistemas antiaéreos armênios. Mas foi na Ucrânia, contra a Rússia, que o Bayraktar virou lenda.

Vídeos mostravam seus ataques precisos contra tanques, artilharia e até navios russos, enfraquecendo o avanço militar de Moscou. Em pouco tempo, músicas foram compostas em sua homenagem, e países começaram a correr para adquirir o drone turco, tornando a Turquia uma potência no mercado de drones armados.

Especificações técnicas do Bayraktar TB2

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões 6,5 m de comprimento, 12 m de envergadura
⚖️ Peso Peso máximo de decolagem: 700 kg
Carga útil: até 150 kg
🛫 Alcance 1.850 km
⚡ Velocidade máxima 222 km/h
🎯 Armamento Mísseis guiados a laser MAM-L e MAM-C (150 kg)
🔥 Poder de combate Missões de reconhecimento, vigilância e ataque de precisão
🛸 Outros Decolagem e pouso totalmente automáticos, sem necessidade de GPS

🔍 Curiosidade do Bayraktar TB2

O TB2 foi tão importante para a Ucrânia que o país compôs uma música sobre ele, transformando o drone em um símbolo de resistência contra a invasão russa.


5. Drone Wing Loong II

  • País de origem: China
  • Ano de início de operação: 2017
  • Países que utilizam: 🇨🇳 China, 🇸🇦 Arábia Saudita, 🇪🇬 Egito, 🇵🇰 Paquistão, 🇦🇪 Emirados Árabes Unidos, 🇰🇿 Cazaquistão, 🇺🇿 Uzbequistão, 🇩🇿 Argélia, 🇲🇦 Marrocos, 🇳🇬 Nigéria, 🇪🇹 Etiópia
Reprodução/Wikimedia Commons

A China observa, aprende e melhora. Foi assim com o Wing Loong II, um drone de combate projetado para competir diretamente com o MQ-9 Reaper dos Estados Unidos, mas com um preço bem mais acessível.

Seus primeiros voos foram discretos, mas logo ele começou a aparecer nos arsenais do Oriente Médio, África e Ásia Central. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos o usaram no Iêmen, enquanto a Nigéria o empregou contra grupos extremistas. O Paquistão assinou um grande contrato para produção local, reforçando seu poder aéreo sem depender do Ocidente.

Equipado com mísseis guiados e bombas de precisão, o Wing Loong II é um caçador persistente. Ele não precisa fugir ou ser invisível. Basta permanecer nos céus, esperar e destruir o alvo no momento certo. Para países que querem poder aéreo a um custo menor, ele se tornou uma das opções mais atrativas do mercado.

Especificações técnicas do Wing Loong II

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões 11 m de comprimento, 20,5 m de envergadura
⚖️ Peso 4.200 kg (máximo de decolagem)
🛫 Alcance 4.000 km
⚡ Velocidade máxima 370 km/h
🎯 Armamento Até 12 mísseis ou bombas guiadas por laser
🔥 Poder de combate Vigilância, ataques aéreos de precisão e missões estratégicas
🛸 Outros Controle via satélite, podendo ser operado remotamente a grandes distâncias

🔍 Curiosidade do Wing Loong II

O Paquistão comprou 48 unidades do Wing Loong II e produz localmente sua própria versão, garantindo maior independência militar e reduzindo custos operacionais.


6. Drone Mohajer-6

  • País de origem: Irã
  • Ano de início de operação: 2017
  • Países que utilizam: 🇮🇷 Irã, 🇻🇪 Venezuela, 🇷🇺 Rússia, 🇪🇹 Etiópia, 🇮🇶 Iraque
Reprodução/Wikimedia Commons

O Mohajer-6 é a prova de que o Irã soube evoluir seus drones de combate. Enquanto o Shahed-136 é um drone suicida, o Mohajer-6 joga no time dos veículos reutilizáveis, oferecendo vigilância de longa duração e ataques de precisão.

Projetado pela Qods Aviation Industries, esse UAV tem um design mais convencional, lembrando modelos como o Bayraktar TB2. Ele é equipado com sensores eletro-ópticos avançados e pode carregar mísseis de pequeno porte, tornando-se uma opção versátil para patrulha e ataque.

Em 2022, o Mohajer-6 começou a ser amplamente utilizado pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, depois que Moscou passou a adquirir drones iranianos. No mesmo ano, o Irã vendeu esse modelo para a Venezuela, tornando-se o primeiro drone de combate operado oficialmente por um país da América Latina.

Mesmo não sendo tão letal quanto o MQ-9 Reaper, seu baixo custo e facilidade de operação fizeram dele um elemento importante em guerras assimétricas, onde drones têm desempenhado um papel crescente.

Especificações técnicas do Mohajer-6

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões Comprimento: 5,67 metros
Envergadura: 10 metros
⚖️ Peso 600 kg (máximo de decolagem)
🛫 Alcance ~200 km
⚡ Velocidade máxima 200 km/h
🎯 Armamento 2 mísseis Qaem guiados a laser
🔥 Poder de combate Vigilância, reconhecimento e ataques cirúrgicos
🛸 Outros Sistema de comunicação criptografado, capacidade de operar em enxames

🔍 Curiosidade do Mohajer-6

A Venezuela se tornou o primeiro país da América Latina a operar um drone de combate iraniano, marcando uma nova fase na militarização da região.


7. Drone Shahed-136

  • País de origem: Irã
  • Ano de início de operação: 2021
  • Países que utilizam: 🇮🇷 Irã, 🇷🇺 Rússia, 🇾🇪 Iêmen (rebeldes Houthis)
Reprodução/Wikimedia Commons

O Shahed-136 não volta para casa porque nem precisa. Projetado para ser um drone kamikaze, ele carrega uma ogiva explosiva de 40 kg e voa em direção ao alvo até o impacto. Criado pelo Irã, esse drone virou uma peça-chave na guerra moderna por um motivo simples: é barato, fácil de produzir e extremamente difícil de interceptar.

Seu design é minimalista: uma fuselagem leve, um motor a hélice e um sistema de navegação simplificado. Mas sua principal vantagem está na capacidade de voar em baixa altitude, burlando sistemas de defesa aérea.

Em 2022, a Rússia começou a usá-lo em larga escala na guerra contra a Ucrânia, lançando enxames desses drones para sobrecarregar as defesas ucranianas. Em abril de 2024, o Irã utilizou centenas de Shahed-136 em um ataque massivo contra Israel, confirmando sua letalidade.

Apelidado de “moto-serra voadora” pelo som característico do seu motor, o Shahed-136 é lançado em grupos para maximizar o impacto. Ele pode ser disparado de lançadores terrestres, veículos ou até navios, tornando-o uma arma versátil e de difícil contenção.

Especificações técnicas do Shahed-136

📌 Característica ℹ️ Detalhes
📏 Dimensões Comprimento: 3,5 metros
Envergadura: 2,5 metros
⚖️ Peso 200 kg (sem carga)
🛫 Alcance 1.000 a 1.500 km
⚡ Velocidade máxima 185 km/h
🎯 Armamento Ogiva explosiva de 40 kg
🔥 Poder de combate Ataques suicidas contra infraestrutura militar e civil
🛸 Outros Lançado de plataformas móveis, muitas vezes em enxames

🔍 Curiosidade do Shahed-136

Seu apelido “moto-serra voadora” vem do som alto e estridente do motor, que já se tornou um aviso aterrorizante no campo de batalha.


O céu pertence às máquinas

O futuro da guerra já não tem pilotos heróicos arriscando suas vidas em dogfights cinematográficos. Agora, o combate aéreo é silencioso, remoto e letalmente eficiente. Em um mundo onde muitas nações possuem drones armados, o espaço aéreo tornou-se um tabuleiro de estratégias eletrônicas, onde vencer não é uma questão de quem dispara primeiro, mas de quem vê primeiro.

A proliferação dessas aeronaves não tripuladas também reconfigura as relações de poder. Pequenas nações agora têm acesso a capacidades que antes eram exclusivas de superpotências. Conflitos que antes exigiam uma força aérea bem estruturada agora podem ser travados por operadores a quilômetros de distância, em bunkers, pressionando botões.

O Brasil, por enquanto, segue à margem dessa revolução, operando apenas drones de vigilância. Mas até quando? O avanço dessa tecnologia redefiniu o conceito de superioridade aérea e impôs um novo dilema: quem não se adapta, se torna alvo.

O mundo mudou.

Fonte: U.S. Air Force – Military Factory, Israel Aerospace Industries, Baykar Technology, GlobalSecurity.org, The Defense Post e Army Technology

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