Deputado de SC comandará o Conselho de Ética da Câmara e terá em mãos 40 pedidos de cassação

Após uma longa reunião na casa oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), com os líderes dos partidos, ficou definido que o deputado federal Fabio Schiochet (União-SC) será o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. É a primeira vez que um deputado catarinense assume a presidência desse órgão.

Deputado federal Fábio Schiochet será o presidente do Conselho de Ética - Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Divulgação/ND

Deputado federal Fábio Schiochet será o presidente do Conselho de Ética – Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Divulgação/ND

Schiochet era um dos nomes cogitados pelo partido para comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas após conversas ficou definida a escolha dele para o Conselho de Ética.

Hugo Motta tinha impasses a resolver relacionados às Comissões de Minas e Energia, disputada por PSD e PL, Integração Nacional, na mira de União e PDT, e Povos Originários, sob cobiça de PL e Psol.

Após o acordo, o União Brasil, de Schiochet, ficou com o Conselho de Ética, a CCJ, com a Comissão de Integração Nacional e a Comissão de Educação. Nesta última, foi feito um entendimento com o PT, que ajudou a destravar a disputa que havia entre MDB e o União pela relatoria do Orçamento, e cedeu o colegiado da Educação para o partido de Schiochet. Com isso, relatoria do Orçamento de 2026 ficará nas mãos do MDB.

Schiochet ficará no comando da Comissão de Ética até janeiro de 2027. “Estou aqui há sete anos, seis anos eu ocupei espaço e eu fui dois anos secretário de comunicação do Congresso, que era um cargo da Mesa Diretora. Fui primeiro vice-líder do União Brasil, presidente da Comissão de Minas e Energia e presidente da comissão de Defesa do Consumidor e agora o próximo biênio presidente da Comissão do Conselho de Ética da Câmara”, comentou o catarinense.

Deputado terá missão díficil

A missão de Schiochet não será nada fácil. O ano promete. São mais de 40 processos de pedido de cassação na Câmara dos Deputados.

Na lista, o processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). Acusado de quebra de decoro parlamentar por ter expulsado da Câmara, no dia 16 de abril do ano passado, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro. E, o mais recente, a denúncia do PT contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), após ataques à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

“Nosso tom vai ser um tom de respeito ao Congresso. Respeitar o parlamentar. Podemos divergir nos campos ideológicos, não no respeito”, afirmou Schiochet.

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