Paraguai: traficantes usavam agência de turismo para enviar drogas ao Brasil

Contagem da droga apreendida durante o procedimento no Paraguai.

A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai desmantelou, nesse fim de semana, um engenhoso esquema de tráfico de drogas para o Brasil.

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De acordo com as investigações da Operação Ñuatí, uma quadrilha usava uma agência de turismo como fachada para o envio de grandes quantidades de maconha.

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A empresa vendia pacotes de viagens para o Brasil, com preços abaixo da média do mercado, para lotar um ônibus adulterado. Assim, a excursão serviria apenas como disfarce para o real objetivo: o tráfico de drogas.

Ônibus apreendido durante a Operação Ñuatí. Foto: Gentileza/Senad
Ônibus apreendido durante a Operação Ñuatí. Foto: Gentileza/Senad

Em um fundo falso no assoalho do ônibus, os envolvidos conseguiam inserir mais de duas toneladas de droga por viagem. A inserção ocorria durante parada na localidade de Zanja Pytã, no Paraguai, onde os passageiros faziam uma pausa para descanso.

Durante a operação desse fim de semana, os agentes da Senad no Paraguai localizaram 2.196 quilos de maconha no interior do veículo. A droga, conforme a Senad, está avaliada em cerca de US$ 330 mil (R$ 1,9 milhão) em território brasileiro.

Quatro pessoas de nacionalidade paraguaia, supostamente envolvidas, foram presas pela Senad, incluindo o homem apontado como o financiador do esquema. Além do ônibus e da droga, os agentes apreenderam duas caminhonetes usadas pelos suspeitos.

Turistas do Paraguai no Brasil

De acordo com a Senad, a agência de turismo tem sede na região metropolitana de Assunção. A empresa oferecia, principalmente, viagens em direção às praias do litoral do Paraná, provável destino da droga.

O Brasil figura na lista dos destinos mais populares para os turistas do Paraguai, em especial nos meses de verão, quando aumenta a procura.

Inusitado à primeira vista, o trajeto por Zanja Pytã, na fronteira seca com Mato Grosso do Sul, teria duas finalidades.

A primeira seria recolher a droga em uma área próxima às maiores plantações de maconha do Paraguai. Já a outra teria como objetivo evitar a entrada no Brasil pela Ponte da Amizade, onde há mais probabilidade de apreensão.

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