Após matar médica, acusado começou a vender gado da fazenda

O caseiro acusado de assassinar a médica de Niterói, Lea Cândida Valverde de Rezende, de 72 anos, confessou o crime e admitiu que, após a morte da vítima, começou a negociar as cabeças de gado pertencentes a ela. O homicídio ocorreu no domingo (3), na fazenda da médica, em Sapucaia, interior do Rio. Para ocultar o corpo, o homem o enrolou em uma lona preta e o escondeu em um pasto distante da sede da propriedade.

Segundo o delegado Flávio Narcizo, da 109ª DP (Sapucaia), o corpo da vítima só foi localizado porque o próprio autor indicou o local. Após cometer o crime, o caseiro contratou funcionários e usou recursos financeiros da médica para gerir a propriedade.

“Ele não fugiu inicialmente porque planejava lucrar com a engorda e venda das cerca de 400 cabeças de gado da fazenda”, afirmou o delegado em entrevista à “TV Rio Sul”, afialiada da Rede Globo.

Ainda segundo a Polícia Civil, o acusado relatou que o crime foi motivado por uma disputa financeira. Ele alegou que a médica não cumpriu um acordo de divisão de lucros pela venda do gado, o que teria causado raiva e a sensação de que poderia agir sem ser responsabilizado.

O corpo de Lea foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis na madrugada desta terça-feira (12). Em razão do avançado estado de decomposição, exames de DNA serão realizados para confirmar a identidade da vítima. O acusado foi autuado por homicídio e será encaminhado para um presídio. 

 Os parentes da vítima em Sapucaia não foram localizados para comentar o caso. A médica não tinha marido e nem filhos. 

Relembre o caso

Lea Cândida Valverde de Rezende, pediatra e moradora Niterói, desapareceu no dia último domingo (3). Segundo as investigações, a médica foi morta após uma discussão com o caseiro sobre o pagamento de serviços. Durante o ataque, o homem desferiu pauladas na cabeça de Lea enquanto ela estava a cavalo.

Após o crime, o acusado fugiu para Cataguases, em Minas Gerais, levando o carro e os cartões da vítima. Lá, ele foi preso por agentes da 109ª DP, que conduziram a investigação.

Durante o interrogatório, o caseiro levou os policiais até o local onde havia ocultado o corpo. A médica trabalhava no Hospital Estadual Azevedo Lima (Hea), no Fonseca, Niterói. 

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