Governo quer deixar solução do Pé-de-Meia para depois; técnicos do TCU classificam decisão de remendo

Orçamento pode ser votado semana que vem resolvendo só a falta de recurso para Vale Gás Sem recursos suficientes, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está optando, na votação do Orçamento Geral da União, por um remendo para ir incluindo o Programa Pé-de-Meia na lei orçamentária ao longo do ano, por meio de aprovação de créditos suplementares.
Na avaliação de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), a saída não é ilegal, mas é um remendo para cumprir a decisão do TCU, que determinou a inclusão do programa dentro da lei orçamentária.
O governo vinha usando recursos de fundos para bancar a única marca nova da administração Lula, mas a oposição acusou a equipe presidencial de fazer uma maquiagem no Orçamento.
O TCU acabou determinando que as verbas do Pé-de-Meia precisam ser incluídas no Orçamento da União de 2025, mas deu um prazo de quatro meses para que isso seja solucionado.
Nesta quarta-feira (12), o Ministério do Planejamento enviou à Comissão Mista de Orçamento a decisão de fazer cortes de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família para acomodar aumento de despesas previdenciárias e também do Vale Gás, outra aposta de Lula para recuperar sua popularidade.
Com isso, o governo garante R$ 3 bilhões para o Vale Gás, mas o remanejamento não gera os R$ 12 bilhões necessários para bancar o programa Pé de Meia.
Com isso, a saída, segundo líderes governistas, será enviar ao longo do ano Projetos de Lei do Congresso Nacional abrindo crédito suplementar.
“O governo, ao adotar esse caminho, vai apostar numa melhora da receita para bancar o programa, ou então irá admitir um déficit no orçamento deste ano. É um remendo, não resolve o problema imediatamente e conta com algo que pode não acontecer”, diz um integrante do TCU.
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