Crise da Novonor desvaloriza a Braskem

Reportagem de Lucinda Pinto no “InvestNews” explica que a Braskem, maior empresa brasileira do setor petroquímico, sofre os efeitos da crise por que passa o grupo Novonor, seu controlador, que adotou essa denominação por conta do desgaste da Odebrecht, seu antigo nome, com a Operação Lava Jato.

A principal consequência da crise da Novonor é causada pelo fato de que nos últimos 10 anos a controladora esteve à venda e nenhuma das negociações que foram iniciadas chegou a se concretizar.

“Desde outubro de 2017, o melhor momento da companhia em termos de valor de mercado, a Braskem encolheu cerca de US$ 11 bilhões em valor de mercado, ou cerca de R$ 61 bilhões”, explica a reportagem.

Três outros fatores são colocados como influenciadores da atual situação: o desastre ambiental em Maceió, em março de 2018, pelo qual a Braskem foi responsabilizada e custou R$ 18 bilhões; uma baixa do setor petroquímico nesse período, quando os preços dos produtos da empresa círam nommercado internacional; o surgimento de um novo grupo do setor petroquímico, o Borouge Group International.

Quem explica o caso é João Luiz Zuñeda, sócio-fundador da consultoria MaxiQuim:

“A Braskem, que é uma grande multinacional brasileira, corre o risco de ficar pequena quando comparada aos grandes players globais, e acabar perdendo o olhar do mundo. Quanto mais tempo ela perder, mais difícil será de reverter esse quadro. E aí, o risco é que aquela baita empresa, na qual se investiu tanto, acabe saindo do foco do mundo.”

Lucinda Pinto esclarece mais:

“Atualmente, a participação da Novonor na Braskem vale muito menos do que a dívida que a empresa assumiu: a companhia é avaliada em cerca de R$ 7,7 bilhões e a fatia da Novonor vale aproximadamente R$ 4 bilhões, quase quatro vezes menos que a dívida original.”

 

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