Temporada de balanços: o que esperar do resultado da Eletrobras?

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A Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, está prestes a divulgar seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2024. O balanço do 4T24 será importante para confirmar se a companhia está consolidando sua posição como a empresa mais eficiente do setor elétrico brasileiro.

No terceiro trimestre de 2024, a Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 7,6 bilhões, um crescimento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi impulsionado por melhorias operacionais e pela remensuração de ativos de transmissão. Para o 4T24, analistas projetam um aumento de 8% na receita e de 6% no EBITDA em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a confiança na capacidade da Eletrobras de manter sua eficiência operacional e capitalizar oportunidades no setor elétrico.

Perspectivas de Dividendos

A possibilidade de a Eletrobras se tornar uma boa pagadora de dividendos tem sido um ponto de destaque. Recentemente, a empresa anunciou a venda de seus últimos ativos termoelétricos, levantando R$ 4,7 bilhões. Essa operação não apenas reforça o caixa da companhia, mas também alinha-se à estratégia de focar em ativos de menor risco e maior rentabilidade.

Ruy Hungria, especialista em bolsa e opções da Empiricus, destaca que a Eletrobras está negociando a múltiplos atrativos, inferiores a 6 vezes o Valor da Firma/EBITDA. Ele ressalta que, com a resolução de embates com o governo, a empresa pode se concentrar na melhoria de resultados e na potencialização da remuneração aos acionistas. Hungria observa que, com a retirada de riscos relacionados ao governo, o mercado pode voltar a focar na melhoria dos resultados da Eletrobras.

Acordo com a União sobre Governança

Outro fator relevante é o recente acordo entre a Eletrobras e a União, que encerrou uma disputa judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a participação do governo no Conselho de Administração da empresa. Pelo acordo, a União poderá indicar três dos dez integrantes do conselho de administração e um dos cinco representantes do conselho fiscal da Eletrobras. Em contrapartida, a empresa não terá mais a obrigação de investir na construção da Usina de Angra 3, caso o governo federal decida avançar no projeto. Esse acordo ainda precisa ser validado em assembleia de acionistas e homologado pelo STF.

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