Dinamize vira modelo comercial

A Dinamize, especialista em automação de marketing, quer montar um canal de vendas indireto para os seus produtos, apostando em microempreendedores e pequenas empresas.

De acordo com Jonatas Abbott, atual CEO da empresa, o novo programa é “a maior e mais ambiciosa estratégia comercial dos últimos dez anos”.

A expectativa é criar uma rede com 100 revendedores (o perfil microempreendedor) e 40 escritórios (pequenas empresas) até o final do primeiro ano de operação.

A expectativa é que essa abordagem contribua para que a marca aumente seu faturamento em 30%, gerando R$ 30 milhões em um período de dois anos. Em cinco anos, a ideia é que parceiros façam 80% das vendas. 

“A Dinamize sempre foi uma empresa boutique, mas agora estamos prontos para escalar como nunca antes. Estamos pivotando completamente o modelo da empresa”, afirma Abbott, apontando como inspiração para a estratégia o modelo adotado pela XP e o BTG Pactual. 

O foco será em especial nas regiões nordeste, centro-oeste e norte do Brasil, onde a Dinamize vê um grande potencial de crescimento.

O modelo permite que os revendedores recebam 100% do valor de suas vendas durante os três primeiros meses, sem restrições regionais, ou seja, um profissional baseado em São Paulo pode vender para clientes em todo o Brasil.

Após o terceiro mês, a comissão é ajustada para 10% recorrentes, com base no faturamento mensal.

Já para as empresas que comecem a trabalhar com a Dinamize, a proposta é uma comissão fixa mensal de 45%. Esse tipo de parceiro deverá atender os clientes diretamente, proporcionando suporte e personalização no atendimento. 

Essa é a primeira grande tacada de Jonatas Abbott depois de adquirir o controle acionário da Dinamize em abril. 

Até então, Abbott atuava como diretor executivo da empresa, junto com outros dois sócios. A Dinamize não deu maiores detalhes sobre a transação, abrindo apenas que o novo CEO detém agora 64% do capital da companhia

Abbott já é há muito tempo a cara mais visível da Dinamize, uma empresa na qual entrou como sócio ainda em 2005, e que vem representando no mercado com uma energia aparentemente inesgotável desde então.

Na época, a Dinamize era uma agência digital modesta, com 23 clientes e um faturamento de R$ 16 mil por mês.

A empresa atuava com desenvolvimento de softwares e tinha um produto de gestão de relacionamento com clientes.

(Uma curiosidade é que entre os fundadores dessa primeira versão da Dinamize estava um imberbe Cássio Bobsin Machado, hoje CEO da Zenvia, uma empresa de Porto Alegre com capital aberto na Nasdaq). 

Abbott tinha feito carreira na área comercial em empresas de hosting, incluindo nomes como Plug In e Telium Networks, apostando numa abordagem forte em marketing e centrada em produtos. 

Com a entrada de Abbott, a Dinamize lançou no mercado uma solução de e-mail marketing, um nicho na qual está hoje entre as maiores do país, com um faturamento de R$ 24 milhões em 2023 e 12 mil clientes no portfólio, entre eles Quinto Andar, Tigre, Beto Carrero e o Baguete Diário. 

Ao longo dos anos, a empresa diversificou a sua oferta, com a chegada do Dinamize Automation, um produto que atende e-commerce, automação de marketing digital, e-mail marketing, SMS e WhatsApp. 

A sede da companhia fica em Porto Alegre, mas o maior escritório comercial está localizado em São Paulo, o principal mercado da empresa, que atua também no Rio de Janeiro, em Curitiba (PR), Joinville (SC) e Ribeirão Preto (SP). A Dinamize ainda mantém operações fora do país, em Lisboa (Portugal) e Toronto (Canadá).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.