Militar que filmou ataque a morador em situação de rua é preso na Ponte

Um militar do Exército de 20 anos foi detido nesta sexta-feira (21) sob a acusação de envolvimento no ataque a um homem em situação de rua na Avenida Geremário Dantas, no bairro Pechincha, Zona Oeste do Rio.

Ele é apontado como o responsável por filmar e arquitetar o ataque, que foi executado por um adolescente de 17 anos. O jovem foi capturado na saída da Ponte Rio-Niterói.

A prisão ocorreu após a expedição de um mandado de prisão temporária contra ele. As investigações apontam que ele não apenas filmou a ação, mas também desempenhou um papel crucial no planejamento do ataque.

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O adolescente envolvido no crime também foi localizado e apreendido pelas autoridades. Durante a operação, foram encontrados em seu poder um celular contendo material de pornografia infantil e conteúdo de apologia ao nazismo.

O jovem responderá por armazenamento de conteúdo pornográfico infantil, tentativa de homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e apologia ao crime.

No celular do militar, assim como no do adolescente, a polícia encontrou conteúdo de abuso sexual infantil. O militar responderá por tentativa de homicídio triplamente qualificado, mediante pagamento, com emprego de fogo, recurso que torna impossível a defesa da vítima e motivo torpe. Além disso, ele será indiciado por associação criminosa, apologia ao nazismo, corrupção de menores e armazenamento de conteúdo de abuso sexual contra crianças.

Relembre o caso

Um adolescente de 17 anos foi detido no Rio de Janeiro por um ataque brutal a um morador de rua. O crime, ocorrido na Avenida Geremário Dantas, no bairro Pechincha, consistiu em atear fogo na vítima enquanto ela dormia, utilizando coquetéis molotov. O ataque foi transmitido ao vivo pelo Discord, um aplicativo de mensagens e vídeos popular entre jovens, e assistido por cerca de 220 pessoas.

A vítima sofreu queimaduras graves e foi hospitalizada, mas seu estado de saúde é considerado estável. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), em colaboração com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, identificou e localizou o adolescente responsável pelo ataque.

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