Caso Kleber Malaquias: quatro réus são condenados pela morte de ativista político

Os réus Fredson José dos Santos, Marcelo José Souza da Silva, Edinaldo Estevão de Lima e José Mário de Lima Silva, acusados do assassinato do ativista político Kleber Malaquias, no município de Rio Largo, em 2020, foram condenados pelo Tribunal do Júri após dois dias de julgamento em Maceió. A decisão saiu no fim da noite dessa terça-feira (18).

O júri popular aplicou penas que variaram de acordo com o grau de participação dos acusados. Fredson foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado. O Conselho de Sentença afirmou que ele tem conduta social negativa pois era policial militar e foi expulso por ato incompatível com o cargo que ocupava.

Marcelo teve pena fixada em 24 anos de prisão, também em regime fechado. Na sentença, o juiz destacou que o fato de ele ser policial militar exige uma conduta ilibada, na qualidade de conhecedor da lei. Houve o agravante com o reconhecimento de duas qualificadoras: a impossibilidade de defesa da vítima e o crime cometido mediante promessa de recompensa. As mesmas qualificadoras foram usadas para a pena de Fredson.

Já no caso de Edinaldo, vulgo “Galeguinho”, a pena base foi fixada em 12 anos. Porém por ter uma participação considerada de menor importância no crime, ela foi reduzida em 1/3, o que resultou na pena de oito anos de reclusão, em regime aberto. O réu foi tratado como traidor pela promotoria, pois era amigo de Kleber Malaquias, sabia do plano para matá-lo e não o avisou.

José Mário teve a condenação de oito anos, quatro meses e um dia de prisão, em regime semiaberto. A justificativa para a progressão do regime foi o tempo que ele já estava preso, assim como Edinaldo. 

“Finalizamos com resultado muito positivo para a sociedade, chancelando tudo aquilo que o Ministério Público havia dito e comprovado. Todos condenados pela prática do homicídio e os policiais militares que perderam suas fardas, porque de fato, a sociedade merece estar protegida e não vulnerável”, disse a promotora Lídia Malta Prata Lima.

O júri ouviu nove testemunhas, entre elas a mãe do ativista político e o delegado Lucimério Campos, que estava como investigador do caso antes de ser afastado. O secretário executivo de Gestão Interna da Segurança Pública, delegado José Carlos André dos Santos, também prestou depoimento.

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