PC conclui inquérito e indicia sócio de empresa por despejo de metralha em área de mangue

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia de Crimes Ambientais, coordenada pelo delegado Robervaldo Davino, concluiu inquérito policial que investigava uma empresa de coleta e transporte de metralha por desepejar os resíduos em uma Área de Proteção Permanente (APP) no bairro de Jacarecica, em Maceió.

O inquérito apontou que os responsáveis pela infração são: o encarregado de operações de transportes, o sócio-proprietário e a empresa responsável pelo descarte irregular de resíduos sólidos em uma área de preservação ambiental. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário para as devidas providências.

O encarregado de operações de transporte da empresa, em depoimento, afirmou que o local em questão é utilizado como ponto de transbordo de contêineres de resíduos de construção civil, posteriormente transferidos para caminhões de transporte. Ele alegou desconhecer a prática de crime ambiental e disse que não recebeu nenhuma comunicação sobre irregularidades.

Durante a investigação, foi ouvido também um agente de fiscalização da Prefeitura de Maceió, que confirmou a ocorrência de crime ambiental após ser comunicado sobre despejos de resíduos no Rio Jacarecica. Ele relatou que, ao se deslocar ao local com sua equipe, constatou o dano ambiental e realizou a autuação da empresa responsável. O sócio e proprietário da empresa declarou, em seu interrogatório, que adquiriu o terreno em 2024 sem saber que se tratava de uma Área de Preservação Permanente. Ele negou que a empresa descarte lixo fora dos contêineres, embora as evidências apontem o contrário.

A investigação também contou com a análise detalhada do local do descarte, realizada pelos peritos do Instituto de Criminalística, que emitiram laudo que revelou a constatação de dano ambiental significativo devido ao lançamento irregular de resíduos sólidos na área de preservação.

De acordo com o delegado Robervaldo Davino, este tipo de crime não pode ser tolerado, pois afeta diretamente a saúde ambiental e compromete áreas de preservação essenciais para o equilíbrio ecológico. “A Polícia Civil está comprometida em investigar e responsabilizar aqueles que causam danos ao meio ambiente”, afirmou a autoridade policial.

Com informações da PC-AL*

 

 

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