Caso Dienifer Aranguiz: acusado de feminicídio e aborto de bebê no banco dos réus em Alegrete

O júri está previsto para esta sexta-feira (14), em Alegrete, onde os familiares organizaram uma manifestação em frente ao Fórum, clamando por justiça.

Entenda o caso:

No dia 10/05/2021, o pai de Dienifer, então com 18 anos e grávida de 7 meses, encontrou a filha enforcada em casa, por volta das 6h da manhã. A ocorrência policial foi registrada como suicídio e a perícia de necropsia concluiu que a morte se deu por enforcamento, mas não conseguiu apontar se foi praticado por terceiro ou por suicídio.
A última pessoa a estar com ela foi o então companheiro Paulo Cézar, que alegava que brigaram e então decidiu sair de casa por volta das 2h indo se hospedar num hotel no centro da cidade, e que ela teria se suicidado depois que ele saiu.

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A Promotoria de Alegrete, com o auxílio da perícia técnica do Núcleo de Inteligência do MP, após várias diligências, conseguiu prova conclusiva de que o acusado estava no local no momento do crime. A perícia apontou que a hora da morte foi entre 3h e 4h da madrugada, e a perícia no celular do suspeito, após quebra de sigilo a pedido, da Promotoria, identificou que ele realmente estava no local do crime, utilizando seu celular, conectado à rede wi-fi do apartamento onde residia com Dienifer, até as 5h02m da manhã, quando só então saiu e ingressou num hotel por volta das 5h08m conforme ficha do hotel. Levou consigo o celular de Dienifer e, ao chegar no hotel, se fez passar por ela (que já estava morta), e de lá enviou mensagens ao pai dela simulando como se ela estivesse viva.
Segundo a Promotoria, Paulo Cézar irá responder pelos crimes de feminicídio da companheira e aborto do filho, já que Dienifer estava grávida de 7 meses.

Segundo a promotora criminal Rochele Jelinek, a investigação apontou que, após uma discussão, o acusado teria sedado Dienifer com medicamentos antes de enforcá-la com uma corda com nó militar, simulando suicídio. A cena do crime foi alterada e, antes de sair do apartamento, ele enviou mensagens ao pai da vítima se passando por ela. A representante do MP, reitera que qualquer cidadão pode assistir o julgamento.

A defesa, no entanto, vai sustentar a tese de suicídio e solicitou a absolvição sumária, mas em 28 de fevereiro de 2024, o Tribunal de Justiça reconheceu a caracterização do crime como feminicídio e aborto, determinando a realização do julgamento pelo Tribunal do Júri.

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