NASA conclui primeira fase de estudo sobre raios e incêndios na Austrália

NASA conclui primeira fase de estudo sobre raios e incêndios na Austrália

A agência espacial norte-americana (NASA) concluiu a primeira fase de voos do projeto IGNIS, desenvolvido para prever onde raios podem causar incêndios florestais na Austrália.

A iniciativa é uma colaboração com universidades australianas.O IGNIS utiliza sensores para fornecer uma “visão 3D dentro de uma nuvem de tempestade”, com o objetivo de alertar bombeiros sobre novos focos de incêndio. A primeira etapa do estudo consistiu na instalação de câmeras infravermelhas em uma aeronave para monitorar o terreno na região sudeste da Austrália Ocidental.

O projeto prevê o lançamento de um satélite em órbita baixa da Terra (LEO) para dar continuidade às pesquisas. De acordo com o professor Paulo de Souza, da Edith Cowan University, uma das instituições envolvidas no estudo, “estamos usando tecnologia espacial para estudar tempestades, os raios que resultam em incêndios e que, na paisagem australiana, podem ser devastadores e fatais”.

O estudo começou em dezembro com voos para coleta de dados de engenharia, que servirão para o planejamento de missões subsequentes. “A parte aérea deste estudo acaba de completar 10 dias de voo, totalizando mais de 50 horas de voo e cobrindo 10.000 quilômetros – o equivalente a um milhão de hectares ou 2,2 milhões de acres”, disse Souza.

A equipe agora inicia a análise de 50.000 imagens para identificar áreas com maior probabilidade de impacto de raios e risco de incêndios. O projeto IGNIS conta com a colaboração de instituições como Edith Cowan University, UNSW Canberra, UTS e as universidades de Adelaide e Newcastle. A missão aérea foi apoiada por 10 a 14 estações terrestres de monitoramento de raios na região leste da Austrália.

A rede terrestre é operada em parceria com o Centro de Voos Espaciais Marshall da NASA e o SWIRLL (Severe Weather Institute Radar and Lightning Laboratories) da Universidade do Alabama em Huntsville. Ainda neste ano, um sensor de raios será instalado em uma aeronave para complementar as observações.

Patrick Gatlin, do Centro de Voos Espaciais Marshall da NASA, disse que “as observações de raios obtidas com o sistema terrestre serão as primeiras do tipo no sudoeste da Austrália, fornecendo uma visão 3D sem precedentes dentro de uma nuvem de tempestade para revelar a origem das correntes elétricas de longa duração, que se acredita serem responsáveis por iniciar incêndios florestais”.

A segunda fase do projeto IGNIS prevê o lançamento de um satélite 12U para mapear e rastrear padrões térmicos e de raios a partir da órbita baixa da Terra. Uma terceira fase, chamada de “inspiração”, pode incluir uma missão ao espaço profundo para Júpiter.

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