Aumento dos combustíveis causa aumento no transporte de moradores da zona rural no AC: ‘desidrata a renda’, reclama passageiro


Segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul não conta com empresas de ônibus, e apenas vans e micro-ônibus operam. Quatro comunidades já tiveram reajuste, e uma terá a partir do próximo mês. Município não tem empresas de ônibus, e moradores contam apenas com vans e micro-ônibus
Reprodução/Rede Amazônica Acre
O aumento no preço do óleo diesel e da gasolina causou um efeito também nos preços cobrados o transporte alternativo, feito com vans ou micro-ônibus, de passageiros que se deslocam das comunidades mais distantes de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
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“Nós tivemos uma mudança na linha da Santa Luzia, Lagoinha e na Variante, com um aumento, que era para ser dado em 2021, só que a gente tinha segurado. Só que agora, no momento, com o aumento do combustível, o diesel aumentou 47 centavos para nós, que nessa linha deu um aumento para nós de R$ 23,50 ao dia. Essa pequena diferença de 47 centavos no litro, também já dá aumento na mão de obra, nas peças, agora a gente decidiu fazer o aumento”, explicou Kleber Silveira, presidente do Sindicato dos Transportes Alternativos de Cruzeiro do Sul.
Moradores de comunidades rurais vão pagar mais caro após aumento da gasolina no Juruá
Os valores das tarifas já foram reajustados para as vilas Lagoinha, Santa Luzia, Variante, Assis Brasil. Na Vila Pentecostes, o reajuste deve ser iniciado no próximo mês.
“Na Agrovila, vai continuar o mesmo [valor], R$ 8, nós tivemos um reajuste recentemente. Da Agrovila  até o Areal, que era R$ 8, vai ser R$ 10, e para o Pentecostes vai ficar R$ 13, porque essa linha do Pentecostes em 2021 teve um reajuste, por isso que o reajuste para lá vai ser menor”, acrescentou Silveira.
Em Cruzeiro do Sul, não existem empresas de ônibus que fazem o transporte coletivo na zona urbana da cidade. Apenas os motoristas de vans fazem o transporte de passageiros para alguns bairros e, principalmente, para as comunidades rurais. O sindicato dos transportes alternativos afirma que não haverá aumento de tarifas para os moradores da zona urbana.
Os usuários dos transportes alternativos afirmam que o preço mais caro das passagens, associado ao aumento dos produtos, provoca impactos na renda das famílias.
“Tudo que vem acarretar despesas, o produtor claro que vai sentir, a população é quem paga a conta. Eles vão sentir, tudo que vem acarretar mais despesas para a comunidade é muito ruim, isso é uma desidratação da renda da pessoa”, avaliou o servidor público Gleisson Lima.
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