Incêndio em Ponta Verde: mulher acha que ex-namorado quis queimar passaporte e mala para impedir viagem

A empresária Mariana Maia, que teve o apartamento incendiado na madrugada do último sábado, 8, disse estar em choque e deu declarações à imprensa alagoana, nesta terça-feira, 11. Ela suspeita que o ex-namorado tenha colocado fogo nos pertences dela para queimar o passaporte e a mala que estava pronta para viajar à Itália no domingo, 9.

Câmeras de segurança registraram o empresário de 32 anos chegando ao prédio de Mariana naquela madrugada. 

“Meu irmão veio em minha direção no dia, todo sujo de cinza e disse que nossa casa estava pegando fogo. Fiquei desesperada, subi correndo pelas escadas, mas quando cheguei no quarto andar já não conseguia, porque era muita fumaça. Eu desci e o porteiro me chamou no canto e falou que o meu namorado tinha vindo aqui no apartamento, subiu e depois que ele desceu, isso começou a acontecer. É o seguinte: a gente estava tendo discussão, porque eu estava com viagem marcada para ir à Itália no domingo. Até então ele iria também, de última hora, ele decidiu que não iria mais. Ele começou a discutir comigo, querendo dizer para eu não ir também, querendo me desestabilizar para eu não ir para essa viagem. A gente acha que ele veio aqui para queimar o meu passaporte, minhas coisas da mala que já estavam todas prontas, meus pertences, minhas roupas de frio. A gente quer justiça”, disse Mariana à TV Ponta Verde.

A Polícia Civil de Alagoas está investigando o caso para apurar se houve tentativa de feminicídio, violência psicológica e patrimonial, e crimes previstos no artigo 250 do Código Penal, como causar incêndio, expondo a risco a vida das pessoas e a integridade física e bens patrimoniais.

“Eu fui atingida, eu sou a vítima, estou sem casa, minha família também. Só quero que seja feita a justiça, só isso. […] Estou em choque ainda. Eu e toda minha família. A ficha ainda está caindo. Estamos devastados, sem casa, sem roupa, sem calçado. Enfim, estou em choque”, afirmou Mariana à TV Pajuçara.

A Justiça de Alagoas expediu no fim de semana duas medidas protetivas contra o suspeito. A primeira impede que ele se aproxime de Mariana, a outra proíbe qualquer tipo de contato.

“Agora foi pedido também uma medida protetiva extensiva em relação à genitora do agressor, que desde então vem procurando a vítima e, inclusive, lhe fazendo ameaças. Estamos tentando rechaçar esse tipo de situação, porque também é um tipo de violência psicológica que ela vem sofrendo por parte da família do mesmo”, revelou Amanda Montenegro, advogada de Mariana.

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